A grande expectativa em torno da assembleia de acionistas da Eletrobras que está marcada para terça, dia 29/4, intensifica-se, especialmente entre os membros do conselho de administração da empresa, que tem sede no Centro do Rio, na Avenida Graça Aranha. O evento terá como pauta a votação de um acordo proposto que poderá ampliar a participação do governo na gestão da empresa carioca – que foi privatizada no governo Bolsonaro – e definirá quem fica como conselheiro de administração representando os acionistas privados.
A empresa carioca é a maior empresa de geração e transmissão de energia elétrica da América Latina e provou em menos de três anos desde sua privatização em 2022 que, livre de ingerência política direta e com foco em eficiência, era capaz de obter bons resultados, sem prejuízo para a prestação dos serviços. Desde que foi privatizada, a companhia deu uma arrumada boa na casa e anunciou um crescimento enorme, com um inacreditável aumento de 136% no lucro líquido em 2024, alcançando quase 10,4 bilhões de reais. A companhia fez então a maior distribuição de lucros da sua história: 4 bilhões de reais.
Recentemente, tornou-se público um contrato de R$ 135 mil, aprovado por unanimidade em janeiro pelo conselho, para a contratação de um software de gerenciamento de desempenho organizacional. Um dos sócios da empresa fornecedora é Vicente Falconi, presidente do Conselho da Eletrobras. Embora o contrato tenha sido classificado como “confidencial”, foi disponibilizado no formulário de referência da companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Avaliações do comitê de auditoria especializada deixaram claro que a contratação não representaria um conflito de interesse para Falconi, que se absteve da discussão e votação sobre o assunto, seguindo os padrões internacionais.
Às vésperas da eleição que marca a ameaça de maior intervenção do governo federal na empresa, a disputa por cadeiras no conselho de administração da Eletrobras (ELET3) se intensificou, com Marcelo Gasparino, conselheiro da companhia, utilizando a rede social LinkedIn para compartilhar informações sobre o processo eleitoral. Ele já recebeu três advertências da empresa por divulgar documentos confidenciais, incluindo uma conversa com uma jornalista da Folha de S.Paulo.
A Eletrobras considera essas divulgações uma espécie de violação das cláusulas de confidencialidade, caracterizando suposta infração ética que, em tese, poderia prejudicar a reputação da empresa. Desde o final de março, Gasparino tem sido advertido por suas publicações na rede social, especialmente após a divulgação da lista de indicados para o conselho, na qual não consta seu nome. A rede social, porém, é utilizada por executivos e empresários justamente com a finalidade de tratar de assuntos relevantes para o mercado.
A eleição de amanhã marcará a primeira grande reformulação do colegiado desde a privatização da empresa de energia, concluída em 2022. A assembleia do dia 29 também decidirá sobre a nova composição do conselho de administração, que atualmente conta com 15 candidatos para 10 vagas. O governo – que tinha apenas dois conselheiros – poderá ter direito a indicar três representantes por conta de um acordo sendo firmado entre a empresa e o governo petista, e já apresentou os nomes de Silas Rondeau, Maurício Tomalsquim e Nelson Hubner, todos eles contrários à privatização da Eletrobras, coadunando-se com o histórico do Partido dos Trabalhadores, sempre combatendo a privatização.
A lista de indicados pelo atual conselho inclui Vicente Falconi, Marisete Pereira, Felipe Dias, Daniel Alves Ferreira, Ana Silvia Matte, Vanessa Claro Lopes e Carlos Márcio Ferreira. Pedro Batista foi indicado para a vaga de preferencialistas.
Embora Gasparino não esteja na lista oficial, ele é indicado por acionistas e tem criticado as escolhas para o conselho, promovendo sua candidatura nas redes sociais. O conselheiro expressou descontentamento com as decisões internas da empresa e o processo de escolha do novo CEO, Ivan Monteiro.
A companhia carioca tem o seu controle pulverizado desde a privatização: hoje, o Governo mantém participação de 45,9% das ações ordinárias, mas tem seu poder de voto limitado a apenas 10%.
Uma fonte do mercado disse ao DIÁRIO que “a empresa está sendo alvo de interferências políticas para que agentes públicos possam atuar sobre o volume e a priorização de investimentos da companhia, assim como pressionam por nomeações de cargos“. A pressão por transparência e integridade nas eleições da Eletrobras aumenta, à medida que os conflitos internos se intensificam, destacando um momento crucial para a governança da companhia.
2018 o lucro foi de 13 bilhões. Desde então, foi sucateada para ser doada aos mesmos controladores da fraude na Americanas.
Agora diz que o lucro subiu para 10?
Bem lembrado. A PwC, empresa de auditoria da Americanas fez (mais uma) auditoria fraudulenta. A Eletrobras foi subvalorizada pela empresa, sendo vendida a preço de banana. Uma das maiores empresas de energia do mundo vendida a menos de 30 bilhões de reais. Só as suas 22 hidroelétricas custariam entre 450 e 600 bilhões para serem construídas do zero. A empresa que tinha em caixa quase o valor que ela foi vendida.
Uma entregada épica do Tarcisão. O fundo 3G Radar do Paulo Lemam e cia, sim aquele mesmo da fraude de 40 bilhões na Americanas é o maior acionista da Eletrobras. O que ele perdeu com a Americanas ele ganhou 1000x mais com a Eletrobras. Um negócio e tanto.
Sem falar que não pagou para ter o controle. O maior acionista segue sendo o governo, mas o controle foi entregue de graça para o 3G.
MENTIRA!!!
Aumento do lucro? Em 2018 o lucro foi de 13 bilhões. Desde então, foi sucateada para ser doada ao trio que participou da maior fraude da história brasileira, a Americanas.
No momento, os controladores PRIVADOS estão como abutres, em disputa para ver quem fica com a carniça!
Pura propaganda. Todas essas informações foram fornecidas pelos entreguistas, que só tem um objetivo: distribuir lucros, claro; pra eles. O entreguista chefe do País, chama-se Paulo Guedes. Precisamos dos verdadeiros brasileiros para contar as histórias que eles não contam.
E tanta gente torce para a estatização total do país, pelo aparelhamento das instituições, pela destruição dos ativos particulares e públicos e o aumento da miséria e da falta de instrução. Péssimo.
O sonho molhado de vcs é que não exista mais presidente no Brasil e sim um CEO no lugar coordenando as empresas e instituições privatizadas sustentadas por impostos e super lucros. De preferência que toda a operação seja estrangeira.
Vcs odeiam o Brasil e tudo que existe nele. Usam bonezinho exaltando outros países e pensam que tudo é uma questão particular. Cambada de Lesa Pátria e Tchutchuca de gringo.
Achei a matéria muito bem escrita e com conteúdo que possui muita utilidade pública.
Bruna Castro, você está de sacanagem, entreguista?
O serviço da Eletrobras piorou depois da privatização! Quais foram os benefícios para a população essa privatização?
Por que sempre querem entregar estatais estratégicas para os interesses de eugenistas estrangeiros?!
Por que a imprensa brasileira é tão eugenista?!
Um escárnio. Uma empresa estratégica e fundamental para o Brasil ser gerenciada pela lógica do lucro e dividendos e uma metafórica “eficiência”. Desde que foi privatizada os apagões tem se tornado recorrentes. Um processo acelerado de degradação da qualidade e de processos na empresa. Mas os lucros, bônus e salários nunca foram tão pouposos.
Será assim em 2026, quando o Tarcísio privatizará até a mãe pra ver se quica.
Se o atual governo fosse realmente o que acusam ele de ser, pelo menos uma restatização ou fortalecimento das poucas empresas estatais existentes teria sido feito.
Trágico.
Hahaha síntese perfeita: “será assim em 2026 quando o Tarcísio privatizará até a mãe pra ver se quica.”
A Sabesp que o diga. Empresa sênior, consolidada em várias frentes de tecnologia e desenvolvimento. Após privatização, Santos virou um pinicão e a conta da água aumentou sem nenhuma justificativa. Lucros e dividendos no talo.
Pobre Brasil.
Perfeito. No caso da Eletrobrás o modelo da privatização foi tacada de gênio pra tirar a mão do Governo. E se comparar com o modelo de companhias de água como SABESP, a CEDAE foi rachada em 4 empresas. Um modelo interdependente com aumento de estruturas e sobreposição de tarefas. É como se não tivesse perdido a veia estatal, mas muitos acham que essa modelagem foi uma coisa boa.
Foi tacada de dadeira de sarjeta mesmo do Tarcísio com a Faria Lima. Inclusive ele foi eleito com um cheque em branco da Faria Lima pra privatizar até os próprios córneos se assim a Faria Lima quiser.
Em relação a CEDAE, podemos ver o quão boa as empresas que assumiram são boas né? O quanto a conta de água se tornou justa e como o dinheiro da venda da CEDAE foi usado pra eleger o fracote do Cláudio Castro e sua entourage. E ele ainda quer vender a parte que sobrou da empresa para financiar sua campanha ao Senado do bucha do governador que querem entubar pra nós.
Vcs são inacreditáveis.