Segunda fase da Operação Caminhos do Cobre mira quadrilha interestadual que furta cabos subterrâneos de concessionárias

Ação, que tem como alvos membros da cúpula do grupo criminoso no Rio e em São Paulo, inclui pedido de bloqueio de R$ 200 milhões. Até o momento, cinco pessoas foram presas

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Imagem ilustrativa de cabos de energia - CC0 Domínio público. Foto: Px Here

Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com apoio da Polícia Civil do Paraná, realizam, nesta quinta-feira (24/04), uma megaoperação voltada à desarticulação de uma organização criminosa especializada no furto, em grande escala, de cabos pertencentes a concessionárias de serviços públicos. A quadrilha ainda pratica lavagem de dinheiro por meio de empresas reais e fictícias e contratos simulados. Até o momento, cinco pessoas foram presas. 

Agentes cumprem 46 mandados de busca e apreensão, incluindo residências dos alvos, sete ferros-velhos e metalúrgicas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, foi pedido o bloqueio de R$ 200 milhões em contas bancárias e ativos financeiros e também o sequestro e indisponibilidade de bens e imóveis.

A ação de hoje deu início à segunda fase da “Operação Caminhos do Cobre”. A primeira etapa, realizada em 2022, representou um marco no combate aos furtos de cabos e outros materiais metálicos, receptação qualificada e lavagem de dinheiro. O trabalho revelou a existência de uma cadeia estruturada de escoamento dos bens subtraídos, direcionando esforços da polícia para o rastreamento da receptação em ferros-velhos.

As investigações, que levaram à denúncia de 22 integrantes do grupo, revelaram um sofisticado esquema criminoso, baseado na subtração de cabos de telecomunicações e energia elétrica, recolhimento do material por empresas de reciclagem ligadas aos próprios líderes da organização e lavagem dos lucros por meio de transações bancárias fracionadas, aquisição de veículos de luxo, emissão de notas fiscais falsas e simulação de contratos com empresas reais. A quadrilha atuava realizando fraude documental e disfarce operacional, ação furtiva com vigilância armada.

Os cabos subtraídos eram transportados para galpões e ferros-velhos em Queimados, Baixada Fluminense; no Morro do Fallet, Centro do Rio; e no Complexo do Salgueiro, São Gonçalo — todos de propriedade dos líderes da organização, situados em territórios dominados por facções criminosas. 

Nos depósitos, os cabos eram decapados, fracionados e queimados para eliminar vestígios de origem, e revendidos a ferros-velhos e metalúrgicas no Rio de Janeiro e, principalmente, em São Paulo, com apoio de intermediadores.

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1 COMENTÁRIO

  1. Já falei isso aqui e volto a repetir:
    Tenho um conhecido que é da polícia civil daqui do Rio que me disse que a maioria dos chefoes dessas quadrilhas são de fora do Rio.

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