O Ministério Público do Trabalho do RJ (MPT-RJ) apura as condições de trabalho do segurança Jorge Luíz Antunes, 49 anos, morto no último sábado (25/06), durante um assalto ao VillageMall, shopping de luxo da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Segundo MPT, a vítima não possuía vínculo empregatício, treinamento e ganhava R$ 180 por um turno de 12 horas.
Familiares relataram ao jornal O DIA que o segurança estava desempregado há cinco anos, atuava como freelancer no shopping há cerca de um ano e meio. Ele deixou esposa e quatro filhos.
Torcedor do Flamengo, Antunes era tido como um homem família. Antes de atuar como segurança, ele trabalhava descarregando caminhões. Os filhos dele são adultos e dois deles também prestam serviços de segurança no shopping. Ana Maria, irmã de Antunes, estava muito emocionada no IML, nesta manhã. Ela lembra que há dois meses outro irmão deles morreu de leptospirose:
“Ele era família, pai. Ia fazer 50 anos dia 3 de outubro. Era o padrinho do meu filho de 32 anos. Ele era o amor da gente. Somos cinco irmãos, era um dos últimos. Não tem nem dois meses que outro irmão morreu de leptospirose. Ele estava trabalhando honestamente e levando sustento para família dele”.
O trabalho no shopping foi fruto da indicação de um amigo. Ele receberia R$ 180 pela noite de serviço (12h de trabalho) para a qual, originalmente, não estava escalado.
O velório do segurança foi realizado nesta manhã. O sepultamento aconteceu por volta das 13h. Jorge Luiz era o caçula de sete irmãos.
O shopping Village Mall disse que lamenta a perda da vida do colaborador e afirmou que está “em contato com parentes diretos prestando total apoio”, com respeito e solidariedade. A administração também informou que está colaborando com as autoridades.
Força-tarefa para encontrar os criminosos
A polícia montou uma força-tarefa para encontra os cerca de 12 criminosos que partciparam do assalto que culminou na morte de Jorge Luiz Antunes. Uma das linhas de investigação é a semelhança com outra ação criminosa em uma filial da mesma rede, em Ipanema. Há a suspeita de ser o mesmo grupo, sendo que no roubo ocorrido em 2019 havia a presença de uma mulher.
Outra pista aponta que o bando tenha ido para o Complexo da Maré, já que um celular roubado durante o assalto teve o conjunto de favelas como paradeiro final.
Além disso, a polícia trabalha com a possibilidade de, apesar de quatro terem participado diretamente do assalto, cerca de oito criminosos tenham rendido todos os seguranças do shopping, já que não houve resistência.
Disque Denúncia oferece R$50 mil por informações sobre os envolvidos
No domingo, (26/06), o Disque Denúncia anunciou, por meio de um cartaz, que oferece uma quantia de R$50 mil reais por informações que ajudam a identificar os suspeitos envolvidos no assalto.
Ok.
E “investigar”, prender e condenar quem matou Jorge, hein? Quando?