Sepultura ‘lava a alma’ do público carioca em show de despedida no Rio

Banda brasileira se apresentou na Farmasi Arena e empilhou hits dos seus 40 anos de carreira

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Maior expoente do heavy metal brasileiro, e um dos maiores do mundo, o Sepultura trouxe ao Rio o show de sua turnê – “Celebrating Life Through Death”, que marca a despedida da banda dos palcos . A apresentação trouxe uma dualidade de sentimentos para o público, uma vez que o grupo fazia seu último show em terras cariocas, ao mesmo tempo em que celebrava 40 gloriosos anos de carreira.

Com um entrosamento que só uma longa estrada percorrida pode dar a uma banda, o Sepultura subiu ao palco da Farmasi Arena, na Barra da Tijuca, pouco depois das 20h20 ao som de War Pigs, do Black Sabbath, e Polícia, dos Titãs. Após essa introdução, Andreas Kisser (Guitarra), Derrick Green (vocal), Paulo Jr. (baixo) e Greyson Nekrutman (bateria) começaram com uma sequência matadora do aclamado álbum Chas A.D. de 1994, emendando Refuse/Resist, Territory e Propaganda.

É impressionante como o quarteto está em forma exuberante, executando as músicas com extrema precisão, peso e “violência”, no melhor sentido da palavra. Os fãs iam à loucura, abrindo rodas e se esgoelando a cada refrão. O baterista Greyson Nekrutman, que entrou de última hora para substituir Eloy Casagrande, que foi para o Slipknot, segurou muito bem a bronca com as baquetas.

A apresentação seguiu com músicas de discos como o “Roots”, de 1996, considerado a obra prima do Sepultura e ovacionado nos quatro cantos do mundo, intercalando com trabalhos como o “Machine Messiah” “Roorback”, “Kairos”, “Quadra” e “Dante XXI”. Esses últimos da fase Derrick Green.

Entre inúmeros destaques, vale uma menção para as artes que eram exibidas no telão durante o show. Exaltando a cultura, o clima e a diversidade do Brasil. O vídeo com rostos de índios que surgiram em “Atitude” é o grande exemplo dessa sincronia perfeita entre som e visual.

A apresentação teve algumas interações do vocalista Derrick Green com o público, que brincou com o sotaque carioca, e do guitarrista Andreas, que destacou a importância do Rio para a carreira do Sepultura. O conjunto tocou em diversas edições do Rock in Rio, fazendo sua estreia na segunda edição do festival, em 1991.

Em dado momento, Andreas perguntou ao público quem estava no primeiro show realizado pelo sepultura no Rio de Janeiro, no lançamento do álbum Schizophrenia, em 1987, no Circo Voador. O questionamento veio seguido da classico “Escape To The Void”, presente no mencionado disco.

A parte final do show teve o que pode ser chamado de “Sepultura Prime”, com um desfile de sucessos da fase mais thrash metal do grupo. Hinos como “Troops of Doom”, “Inner Self” e “Arise“.

O gran finale teve o hino “Ratamahatta” (com participação do baterista Fred Castro, ex-Raimundos e de Chico Brown, filho de Carlinhos Brown, que já colaborou com o Sepultura e um dos compositores da canção. Para finalizar a sempre explosiva “Roots“, uma das mais famosas músicas de metal de todos os tempos.

O Sepultura proporcionou uma noite impecável e inesquecível para o público carioca. Um verdadeiro presente de despedida de uma era que vai deixar muitas saudades. 

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