Sérgio Cabral, um governador zumbi

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Sérgio Cabral e Eduardo PaesDora Kramer fez praticamente o obituário do governador Sérgio Cabral em sua coluna hoje na Folha de São Paulo. A colunista diz que Cabral “virou uma âncora com sua avaliação de 12%, tornando-se um embaraço para seus parceiros na política”. Tão embaraço que até seu fiel escudeiro, Eduardo Paes, já começa a abandona-lo.

A colunista mostra que a razão para tamanha queda de Cabral é uma conjugação de abuso de poder, provincianismo político e arrogância. Hoje, para mim, Cabral virou um governador zumbi, já está morto, apesar de não saber, e infectando quem se aproxima dele.

Leia a coluna de Kramer:

 

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Volta por baixo

De mola que leva ao alto, Sérgio Cabral Filho virou âncora que prende ao fundo, com seus minguados 12% de avaliação positiva à frente do governo do Rio. De onde sua companhia tornou-se um embaraço federal para seus parceiros na política.

Resultado da conjugação de abuso de poder na prática de hábitos faustosos, provincianismo político (demonstrado na excessiva confiança na influência de Lula sobre o Congresso quando da discussão sobre a distribuição dos royalties do petróleo) e arrogância tardiamente assumida com a promessa de ser “mais humilde”.

Cabral, reeleito em 2010 no primeiro turno com votação espetacular, confundiu apoio popular com salvo-conduto para transgredir todas as regras. Sejam as de civilidade no convívio com os governados, sejam as balizas legais que exigem do governante respeito à transparência, à impessoalidade e à probidade.

O governador achou que ninguém iria se incomodar com o fato de destratar professores, médicos e bombeiros chamados de vândalos e bandidos no exercício de movimentos reivindicatórios; de passar boa parte do tempo viajando ao exterior, incluindo aí ocasiões em que o Rio foi atingido por tragédias às quais não dava a devida importância evitando aparecer em público em momentos adversos. Cabral considerou que, ao abandonar entrevistas no meio porque não gostava das perguntas, afrontava a imprensa – quando o gesto significava interdição do diálogo com a sociedade.

Acreditou-se inimputável. Não teve noção de limite. Agora se diz arrependido por influência das palavras do papa. Ao que alguns chamam de senso de oportunidade outros dão o nome de oportunismo. Para não falar no egoísmo de pedir aos manifestantes que se retirem da porta de sua casa porque tem “filhos pequenos”, sem se importar com os filhos dos vizinhos.

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