Sérgio Ricardo: Solução para o país que detém o 2o. maior rebanho bovino do mundo

A ideia mostrada pelo colunista do DIÁRIO fala em utilizar o esterco de vacas para produzir gás metano que substitui o gás de cozinha

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Em Cruzeiro do Sul (Acre), surge uma criativa solução sustentável, barata e que pode ser reproduzida em escala no Brasil, em especial nas áreas rurais, como já é feito em outros lugares.

O agricultor Roseno Alves nos dá exemplo ao utilizar o esterco de suas vacas para produzir gás metano que substitui o gás de cozinha que está cada vez mais caro, e é uma despesa mensal indispensável das famílias. Além disso, utiliza o biofertilizante em sua horta caseira.

O nosso país tem um dos maiores rebanhos bovinos do mundo (estimado em mais de 214,7 milhões de animais, segundo os dados da Produção da Pecuária Municipal 2019 do IBGE), em grande parte exportada pra China.

Em função da peste suína na China (2018), para suprir seu mercado interno em expansão, no ano passado, este país asiático adquiriu 497,7 mil toneladas de carne bovina produzida no Brasil, o que representa uma alta de 54,4% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Como resultado, as nossas exportações de carne bovina atingiram 1,5 milhão de toneladas, o que significa uma alta de 17% em um ano.

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Precisamos avançar com celeridade numa necessária transição de nossa “dieta bovina”, por questões ambientais (redução das emissões de Gases de Efeito Estufa) e de saúde pública. Isso já deveria há muito tempo estar sendo ensinado nas salas de aula e pelos grandes meios de comunicação para salvar vidas e reduzir os custos do Sistema Único de Saúde (SUS).

O fato do Brasil ter o 2o. maior rebanho bovino do mundo (ou seja: temos mais boi do que gente!), tem sido um dos principais fatores de estímulo aos desmatamentos e queimadas para expansão ilimitada da “fronteira agrícola” sobre os Biomas da Amazônia, Cerrado e Caatinga, gerando perda da produtividade dos solos, contaminação por agrotóxicos e extinção da rica biodiversidade destes ecossistemas que – em contradição com a opção econômica predatória do “boi gordo” -, são nossos “patrimônios nacionais” pela Constituição Federal de 1988.

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