Você costuma ouvir Bach, Chopin, Tchaikovsky? Muita gente nem se da conta, mas eles costumam ser tocados em alguns elevadores ou na espera do telemarketing. Escutar música clássica assim, em circunstâncias tão banais, faz a gente esquecer do impacto que esses artistas causaram na época em que eles viveram.
E para nós entendermos a contribuição brasileira no gênero, a sugestão do Like é a série Villa-Lobos e os Quartetos de Cordas, lançado pelo Canal Futura e disponível no Now.
Quarteto de Cordas é uma peça escrita para ser executada por um grupo de quatro instrumentos de corda – dois violinos, uma viola e um violoncelo.
É como se fosse uma orquestra reduzida ao mínimo possível de músicos, mas com uma sonoridade próxima à de uma orquestra completa. Bastam os quatro instrumentos para se transmitir os elementos essenciais da música clássica.
Os quartetos floresceram no século 18, através de nomes como Mozart e Beethoven, depois andaram meio esquecidos. Já no século 20 esse tipo de composição recuperou a popularidade e teve um papel de grande destaque na obra de Heitor Villa-Lobos.
Ao longo dos seus 72 anos de vida, o maior maestro das Américas compôs cerca de mil obras, inspirada nos chorões cariocas, nas cantigas infantis, na musicalidade indígena e nos sons da natureza.
A série dirigida por Liloye Boubli conta um pouco dessa história em 12 episódios de 30 minutos. São entrevistas, detalhes da vida do maestro, as suas influências, técnicas e trechos das músicas.
A execução das obras é do Quarteto Radamés Gnatalli. Os integrantes dão os seus depoimentos ao lado do maestro e violonista Turíbio Santos, que era amigo pessoal de Villa-Lobos.
No primeiro episódio, a gente se surpreende com a educação severa do menino Heitor e os detalhes do estilo de composição do maestro.
No episódio 2, os membros do Quarteto Radamés Gnatalli falam das suas escolhas artísticas e de como se prepararam para encarar o desafio de executar os 17 Quartetos de Villa Lobos.
Ao longo da temporada, a série mostra os instrumentos preferidos de Villa na hora de compor e a maneira peculiar de combinar as referências locais e estrangeiras.
Outra questão que merece destaque é que o Villa foi autor do maior projeto de educação musical no Brasil. Ele instituiu o Canto Orfeônico nas escolas, uma prática de canto coletiva e amadora, batizada em homenagem ao Orfeu da mitologia grega.
E pensar que algumas pessoas dizem que a música clássica é chata e entediante. Depois de assistir aos treze episódios, nós do Canal Like
