O setor de Bares e Restaurantes encerrou o mês de março com um desempenho negativo no mercado de trabalho formal, segundo dados do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFEC RJ). Foram 7.922 vagas fechadas em todo o país no período. Apesar disso, o setor mantém crescimento no acumulado de 12 meses, com saldo positivo de 37.217 novos postos de trabalho.
No estado do Rio de Janeiro, o cenário também foi de retração no mês, com 1.795 vagas formais encerradas. Ainda assim, o acumulado anual segue positivo: 4.195 empregos gerados, demonstrando resiliência do setor fluminense, mesmo sob forte pressão econômica.
A cidade do Rio permanece em destaque nacional. Com 1.757 novas vagas criadas nos últimos 12 meses, figura como a segunda capital com maior geração de empregos no setor, atrás apenas de São Paulo (3.517). Na sequência, aparecem Belo Horizonte (1.623), Salvador (1.279) e Recife (856).
O contraste com o mercado geral é evidente: enquanto o Brasil criou 71.576 postos formais em março, o estado do Rio fechou 6.758, indicando maior fragilidade local na recuperação do emprego.
A análise de faturamento via ICMS aponta nova dificuldade. Em março, o setor de bares e restaurantes teve queda de 8,55% na arrecadação, mesmo com uma leve alta de 0,23% na comparação anual. No estado como um todo, a retração foi de -4,98%.
A inflação oficial (IPCA) na Região Metropolitana do Rio fechou março em 0,53%, levemente abaixo da média nacional de 0,56%. O grupo Alimentação e bebidas foi o maior responsável pela alta, especialmente pelas elevações nos preços de bebidas e infusões.
No acumulado de 12 meses, a inflação em alimentação e bebidas foi de 7,74% no Rio, acima da média nacional (7,67%). Entre os itens que mais subiram estão:
- Carnes: 24,06% (Brasil: 21,17%)
- Bebidas e infusões: 24,35% (Brasil: 21,98%)
- Sal e condimentos: 16,21% (Brasil: 10,48%)