Sonhando Acordado – Apertem os Cintos: Hora de Partir

Difícil explicar a mistura de sentimentos envolvida na concretização do nosso sonho. Embora a conclusão da construção da casa nos tivesse dado um spoiler do que estava por vir, não tínhamos como imaginar...

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Difícil explicar a mistura de sentimentos envolvida na concretização do nosso sonho. Embora a conclusão da construção da casa nos tivesse dado um spoiler do que estava por vir, não tínhamos como imaginar…

Com a casa pronta e a mudança feita, estava na hora de colocarmos os pés na estrada.

Antes, porém, um final de semana de despedidas da família e amigos. Desde o início do nosso planejamento sabíamos que a parte mais complexa seria a distância das pessoas que mais amamos.

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Era chegada a hora H, do dia D! Estávamos dentro da cabine nos entre olhando com os sorrisos mais largos que alguém pode ter. A euforia de começarmos nossa trajetória se misturava com a ansiedade do que viria. Uma felicidade que não cabia no peito e irradiava pelo brilho dos olhos. Agora era apertar os cintos e partir!

O primeiro marco da nossa jornada seria a cidade do Chuí, Rio Grande do Sul. Isso mesmo, o extremo sul do Brasil, aquele lugar que você aprende que existe nas aulas de geografia do colégio, mas nunca imaginou conhecer. Aquela frase clássica decorada acerca dos limites norte e sul do país: do Oiapoque ao Chuí. A distância do Rio de Janeiro até o Chuí é de aproximadamente 2.200km. Bastante chão pela frente.

No meio do caminho tínhamos o Natal e o Réveillon. Se os contratempos da construção nos atrasaram e fizeram com que estivéssemos nas proximidades dessas datas importantes para cada um de nós, era tempo de tirar proveito disso.

Zarpamos da cidade maravilhosa para Ubatuba, litoral norte do Estado de São Paulo, a cerca de 320km. Em pleno verão, nada melhor do que um destino com mais de cem praias para explorarmos. Não estamos exagerando, é exatamente isso que você leu. Para sermos ainda mais precisos são 102 praias.

Com o calor intenso, descobrimos rapidamente o porquê de o apelido carinhoso desse paraíso ser “Ubachuva”. Bom, nem precisamos falar muito sobre o que isso significa né?! Logo, quando programar sua viagem para lá, esteja ciente disso e compute uns dias a mais no seu cronograma.

Apesar da oscilação constante do clima, curtimos demais nossa estadia. Conciliamos dias de sol e praias belíssimas; com dias de chuva e nossas primeiras experiências de ficar dentro de casa.

No quesito praia não tem como errar, existem opções capazes de agradar gregos e troianos. Praias de fácil acesso (Perequê-Açu) e por meio de trilhas (Conchas), no continente (Fortaleza) e nas ilhas (Ilha do Prumirim), lotadas (Lázaro) ou desertas (Brava da Almada), mansas (Domingas Dias) ou bravas (Itamambuca). Sério, tem até gruta (Gruta que Chora) na praia (Sununga). Para conferir mais detalhes de cada uma corre lá nos destaques do nosso Instagram.

A Mata Atlântica da região reflete na estrutura das praias, que contam com muito verde ao redor. A geografia local também nos fez identificar que diversas praias são mansas de um lado e bravas do outro, o que permite que famílias ou grupos consigam desfrutar do mesmo ambiente sem abrir mão das suas predileções.

No final da tarde, passear na Avenida Iperoig na orla do centro da cidade, repor as anergias em um dos restaurantes, tomar um sorvete (recomendamos fortemente a Gelateria Pistache) ou ziguezaguear pela feira de artesanato são programas clássicos.

Nos dias de chuva redescobrimos o real tamanho da nossa casa e o espaço limitado não nos trouxe qualquer problema. Conseguimos dormir super bem com o barulho da chuva, que para nós é uma verdadeira canção de ninar; trabalhamos; traçamos rotas e roteiros; jogamos cartas; assistimos filmes; e de quebra fizemos amigos na vizinhança em que estávamos.

Quando estávamos quase criando raízes era hora de seguir adiante. O Natal estava muito próximo e tínhamos a oportunidade de guinar para o interior do estado e celebrar esse momento com parte de nossa família. Não sabemos vocês, mas essa talvez seja a data que mais nos faz ter paz e amor no coração. Alguns dias reclusos em família antes de continuarmos.

Novatos na vida da estrada, confessamos que o réveillon nos fez repensar por diversas vezes nosso itinerário, especialmente por questões de segurança. Sabidamente é uma época de excessos em que incidentes acontecem por todos os lados. Porém, nosso desejo de estar em um local pequeno e com os pés na areia no dia de maior concentração de energias e pensamentos positivos para o novo ciclo que iria iniciar, especialmente em nossas vidas, bateu forte.

Escolhemos o município de Penha, no litoral de Santa Catarina, para a virada do ano e para termos nossa primeira experiência em um camping.

Quer acompanhar de pertinho essa aventura?! Corre lá no Instagram @sonhandoacordadobr.

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