Sonhando acordado – Argentina: 1.640 Km, susto na estrada e um jardim verde amarelo

Nosso viajantes seguem explorando as belezas e os desafios da Argentina

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Nossa chegada em território argentino começou com o pé direito, conseguimos reorganizar a casa e realizar todos os trâmites usuais após uma fronteira terrestre com agilidade (se você perdeu corre lá na nossa última coluna conferir como foi!).

Entretanto, tivemos que revisar nossos planos iniciais e seguir para Buenos Aires (232km). Durante o início da nossa jornada sentimos bastante falta de um notebook, temos basicamente uma máquina de escrever compartilhada em casa (risos). Outra coisa que precisamos é um estabilizador de imagem para os nossos registros em movimento. Como o desvio para a capital não seria grande, decidimos resolver essas pendências e seguir adiante.

Por um lado, foi ótimo dar essa escapada em Buenos Aires, pois a Dani não conhecia a cidade e se surpreendeu com a organização, limpeza e beleza dos poucos lugares pelos quais passamos. Por outro lado, tivemos enorme dificuldade de estacionar a casa, passamos em mais de 10 estacionamentos e ela não entrava em nenhum por conta da altura. Não queríamos deixá-la na rua por questões de segurança e acabamos em um drive-thru de Mc Donald’s.

Todavia, o que nos chamou mesmo atenção pelo lado negativo foi o péssimo atendimento e a falta de produtos em todos os lugares que estivemos, o que incluiu dois shopping centers. O resumo da ópera é que não conseguimos encontrar nada do que precisávamos, mas conhecemos uma marca argentina voltada para prática esportiva e atividades outdoor bem legal, a Montagne.

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Já que estávamos na cidade, tínhamos que fazer valer nossa visita de algum jeito. No caminho aproveitamos para almoçar em um restaurante maravilhoso de carne, Don Julio. Comemos muito bem por um preço bom considerando os comparativos do Brasil para um restaurante de alto nível como esse que te recepciona com taças de espumante como cortesia (sorte da Dani que ficou com as duas, já que o Livio ainda ia dirigir). Escolhemos entrada, prato principal e bebida e pagamos ARS$ 5.700,00 – R$142,50.

Chateados por não conseguirmos o que estávamos buscando, mas com os estômagos sorrindo de orelha a orelha, saímos de Buenos Aires e iniciamos nossa jornada pela Ruta Nacional (RN) 3, caminho que seguiremos pelos próximos dias. Na verdade, até o fim do mundo, uma vez que a rodovia de 3.045km termina somente em Ushuaia, mais precisamente na Bahia de Lapataia.

Conseguimos seguir viagem até Cañuelas (66km), onde dormimos em um posto YPF. Familiarizem-se com essa sigla, é a maior rede de postos de gasolina do país, com ampla infraestrutura e, como mencionamos na última coluna, quase uma segunda casa.

Acordamos novamente bem cedo para o primeiro dia de viagem mais longa, o nosso objetivo era Bahia Blanca e teríamos 626km pela frente. Durante o caminho, nos surpreendemos com o bom estado de conservação da rodovia e o dia cada vez mais longo de sol.

Durante o percurso avistamos diversos campos de girassol. Um jardim verde e amarelo gigantesco em pleno solo argentino! Quem diria heim Hermanos! Estávamos tão maravilhados com eles que encostamos a casa para fazer imagens aéreas com o drone, já que nenhum dava acesso para a estrada.

Após muitos quilômetros, quando já havíamos desistido de entrar em algum, o Livio consegue ver a entrada de uma fazenda gigantesca com a porteira aberta e imbica com a casa para lá. Não havia ninguém na entrada, conseguimos passar e parar a casa na estrada de chão com girassol para todos os lados. Uma experiência incrível que as imagens tentam ilustrar, mas não conseguem. Os girassóis são imensos, quase do tamanho da Dani e com a flor maior que um rosto. Muito, muito lindo! Ainda bem que saímos cedo, porque só na fazenda passamos mais de uma hora tirando fotos e sobrevoando com o drone. Aliás, corre no nosso insta para conferir o conteúdo completo dessa imensidão verde-amarela.

Porém, nem tudo são, literalmente, flores. Tivemos nosso primeiro susto na RN 3. Assistimos de camarote o pneu de um caminhão que estava logo na nossa frente estourar e sair pelo acostamento. Um aviso para estarmos sempre alertas, não apenas com os nossos pneus, mas com a estrada inteira, pois um vacilo desses de um caminhão em sentido contrário pode causar um dano absurdo. Depois disso reparamos na quantidade de pedaços de pneus que existem espalhados por todo entorno da RN3.

Dormimos em Bahia Blanca em mais um YPF e seguimos para nosso próximo destino: Puerto Madryn (717km).

Os longos dias de estrada estão sendo acompanhados de belas paisagens, muito bate papo, cantoria e podcasts (aliás, conhece algum legal para indicar?! Vamos adorar receber seu direct!). Contudo, a estrela do dia foi um alfajor trufado! Ou quase isso…(risos). Almoçamos em casa pelo caminho uma salada rápida com grelhado e a sobremesa da Dani foi um alfajor. Ela sentiu um gosto um pouco diferente do que o normal, mas não ligou. Quando o Livio foi ver, provavelmente por conta do clima, a embalagem que compramos estava toda mofada! Imagina o desespero da criatura sem sinal de celular pelas estradas pesquisando se passaria mal (risos)! Graças à Deus não aconteceu nada, nem um piriri.

Após longas horas, chegamos em Puerto Madryn, o nosso principal destino descendo pela RN3, pois queremos conhecer a Península Valdés, declarada Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO em 1999.

Enfim, após 1.640km, teríamos alguns dias para recuperar as energias e explorar a região.

Quer acompanhar de pertinho essa aventura?! Corre lá no Instagram @sonhandoacordadobr

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