Sonhando acordado – Argentina: Chegamos na Capital Nacional do Trekking – El Chaltén

Nossa dupla aventureira segue percorrendo os roteiros mais épicos da Argentina

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Se existia uma maneira de começar com os dois pés direitos a Mística Ruta Nacional 40, certamente nós conseguimos em El Calafate com o passeio do Mini-Trekking no Glaciar Perito Moreno. Impactante! Se você perdeu, volta na última coluna que vai ter uma ideia do que estamos falando.

O que não imaginávamos é que a pitoresca cidade ainda nos traria outras boas surpresas. Acordamos em Puerto Banderas, próximo ao Parque Nacional Los Glaciares e junto ao Lago Argentino. Mais um visual de cair o queixo. Como a estrada ainda estava vazia e seu percurso possui uma leve descida, o Livio aproveitou para tirar as teias de aranha do longboard e dar um rolêzinho por ali. 

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Voltamos para o centro e fomos direto para o La Anônima, a casa estava desabastecida como há muito tempo não víamos. O resultado foi a nossa maior compra de supermercado até então.

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Depois de arrumarmos tudo dentro de casa, fomos para a Laguna Nimes, uma reserva muito próxima do centro da cidade que é o habitat de mais de 60 espécies diferentes de aves. A entrada custa ARS$1.000 – R$25,00 por pessoa. Em que pese num primeiro momento não termos dado muita bola, o passeio foi muito bacana. A caminhada de 3km ao redor da lagoa é muito agradável e conseguimos avistar algumas aves, com destaque para o show dos flamingos voando, algo inédito para nós. 

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Antes do nosso evento especial noturno, ainda sobrou tempo para visitar o letreiro da cidade, que fica todo iluminado com o cair da noite. 

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Havíamos recebido um convite muito bacana do Walter, chef e proprietário do Le Volpi Bistró Puertas Adentro: um jantar harmonizado com as delícias patagônicas em um ambiente exclusivo de apenas 8 pessoas na mesa central de sua sala de jantar. O menu era divino: uma entrada com patê de cordeiro, outra com carpaccio de guanaco, salmão como prato principal e uma sobremesa deliciosa de pera. Tudo isso, claro, com excelentes vinhos argentinos. Não bastasse o cardápio, o ambiente intimista fez com que, em poucos minutos de conversa, nos tornássemos amigos de infância do Walter e dos três casais de argentinos. 

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Sem dúvida uma noite inesquecível, uma experiência gastronômica dos sonhos. Nunca havíamos experimentado algo do tipo e recomendamos fortemente que você não perca quando estiver em El Calafate.

Embora encantados com a pitoresca cidade, precisávamos nos despedir e, para isso, nada melhor do que um último café da manhã de frente para o Lago Argentino. Paramos a casa de frente na avenida costanera e ficamos ali um bom tempo curtindo e conversando.

Era hora de partir, abastecemos o tanque e enchemos a caixa d’água antes de pegar a estrada. Queríamos seguir tranquilos durante o dia para El Chalten (212km), a Capital Nacional do Trekking. Relembramos no caminho nossos longos dias de estrada na descida pela Ruta Nacional 3 enquanto nos perguntávamos o que mais estaria por vir.

Mesmo com algumas paradas, chegamos na cidade ainda de dia, o que nos permitiu parar no centro de informações turísticas para pegar algumas informações importantes. Descobrimos que: o único YPF do vilarejo é uma bomba mínima na entrada; havia água potável de fácil acesso ali; não era cobrada entrada no Parque Nacional Los Glaciares; o clima para os próximos dias estava bom; não havia sinal de celular da Claro, apenas alguns pontos de Wi-Fii público e dentro dos estabelecimentos (todos muito ruins); e o local recomendado para dormir era ali em frente, do outro lado da rodovia, em um estacionamento sem serviços (água e luz).

Enquanto passeávamos de carro pela pequena vila, nos situávamos sobre onde iniciavam as trilhas e o que havia no comércio local. Decidimos confiar nas informações climáticas recebidas e não perder tempo, iniciaríamos no dia seguinte os nossos trekkings. Preparamos a mochila, os lanches e dormimos cedo.

Acordamos com as galinhas para o nosso maior desafio, faríamos o Sendero Fitz Roy!

Ainda estava escuro e muito frio, ventava, mas a força da Dani em levantar novamente fez a diferença e nos fez seguir o planejamento. Levantamos, tomamos café e enquanto nos dirigíamos para o início da trilha onde fica o estacionamento clareou o dia. (Foto 6)

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Eram 8 da manhã e estávamos prontos para iniciar nossa trilha de 20km (ida e volta), que dariam o total real de 23km (sim, as informações não bateram com nossa marcação). Aparentemente teríamos um adversário extra, o vento, que logo de cara arrancou o boné do Livio da cabeça e o fez desistir de usar. Ainda bem que foi só o susto, o vento surgiu em poucos momentos, especialmente na parte final mais descampada e alta. 

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Os primeiros 9km foram relativamente tranquilos, com pouca inclinação e paisagens lindíssimas. No caminho destaque para o Mirador do Rio Las Vueltas e a Laguna Capri (onde há área de acampamento). Próximo do quilômetro final fica o acampamento Pointcenot, aqui sim vimos diversas barracas e bastante gente. Se ao acordamos no motorhome estava frio, ficamos nos questionando como não deveria ser lá em cima dentro de uma barraca. Tem que ser guerreiro! 

Chegamos no último quilômetro, o maior desafio por conta da inclinação da trilha. Era muito íngreme e os joelhos dos dois logicamente gritaram no meio do caminho. Conseguimos seguir devagar e sem muitas paradas extras, já que o caminho estreito e o volume de pessoas por si só nos faziam caminhar devagar. Aliás, estávamos indignados, porque temos a certeza de que foi mais de 1km! (risos)

Ao chegar no topo, uma das vistas mais deslumbrantes que já tivemos: a Laguna de Los Três cor de esmeralda com o Fitz Roy ao fundo em um dia de céu azul e poucas nuvens. Nos abrigamos do vento gelado para lancharmos e nos aquecermos. Sério, que absurdo da natureza! Estávamos impactados com a beleza desse lugar! (risos). 

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Depois do lanche descemos até a laguna para tirar fotos e descobrimos que havia, ao lado, levemente escondida, outra laguna também maravilhosa. Após quase duas horas lá em cima, tínhamos que começar a descida. O clima iria esfriar, não queríamos correr o risco de anoitecer enquanto estivéssemos no meio do caminho e, principalmente, sabíamos que o primeiro quilômetro seria longo e castigaria muito. Baixamos sem muitas paradas, cansados, queríamos somente chegar em casa. 

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Chegamos na base em nossa casa 17 horas, tomamos banho e fomos no La Zorra relaxar, tomar umas cervejas e comer. Aproveitamos o happy hour (ARS$ 250,00 – R$ 6,25 cada chopp), pedimos uma pizza de entrada, uma porção de batatas e um hamburguer. Afinal de contas, não é todo dia que se caminha 23km, precisávamos recuperar as energias. Estávamos muito contentes em conseguir completar o trekking e apaixonados pelo visual. Valeu a pena demais todo o esforço e cada metro conquistado, mesmo com dor.

Quer acompanhar de pertinho essa aventura?! Corre lá no Instagram @sonhandoacordadobr !

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