Sonhando acordado – Argentina: Chegamos no Fim do Mundo!

Nossos aventureiros chegam a magnifica e imponente Terra do Fogo, na Argentina

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Os sustos consecutivos que tivemos (volta uma coluna para entender!) e a ansiedade a flor da pele por estarmos chegando no nosso grande marco não nos deixaram dormir muito nas últimas noites. Despertamos ansiosos para alcançarmos a meca dos viajantes: Ushuaia!

A estrada entre Tolhuin e Ushuaia (103km) é uma atração à parte e fizemos questão de ir devagar, curtindo o dia tão aguardado. Pelo caminho paramos no mirante para o Lago Fagnano, logo na saída. De lá é possível ter uma noção maior da sua imensidão. É muito grande!

Depois fomos ao Lago Escondido, cercado pelas montanhas com uma área para desfrutar o dia. Encontramos por lá 4 amigas que foram simplesmente fazer um piquenique na beira do lago. Cena de filme! Certamente já perceberam que uma das formas que temos para destacar e tentar transmitir para vocês os momentos que vivemos e a beleza dos lugares pelos quais estamos tendo o privilégio de passar são associações cinematográficas.

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Seguimos até chegar em uma das mais belas vistas que tivemos até agora em nossa jornada: Mirador Paso Garibaldi. De lá é possível contemplar tanto o Lago Escondido como o Lago Fagnano. Algo impressionante, ficamos um bom tempo por lá apreciando, filmando e tirando fotos. 

Hora de seguir para o nosso destino. Antes de chegar na cidade avistamos as estações de ski pela estrada, alguns hotéis e um visual das montanhas surreal de lindo. Quando chegamos nas famosas torres da estrada que indicam o início da zona urbana, não nos aguentamos de tanta felicidade! Era real, percorremos mais de 6.300km desde o Rio de Janeiro e estávamos de fato no Fim do Mundo! Fizemos as clássicas fotos com uma alegria enorme estampada no rosto. 

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Era final da tarde, estava garoando e precisávamos encontrar um lugar tranquilo para dormirmos. Conseguimos com muito custo uma vaga no estacionamento do centro, ao lado do porto turístico.

Não resistimos, saímos para dar uma caminhada pela rua principal do comércio antes de fechar – Av. San Martín. O pouco que vimos nos deixou mais animados ainda para os próximos dias que viriam. Estávamos no Fim do Mundo e ele é fantástico! 

Durante a noite ventou muito, acordamos com a casa balançando demais no meio da madrugada. Aquela sensação terrível que havíamos sentido no Uruguai perto de Punta del Este. Trocamos a casa de lugar, mas não adiantou. Não havia lugares protegidos do vento nesse estacionamento.

Pela manhã descobrimos no centro de informes turísticos que o estacionamento não está mais habilitado para pernoite. Em que pese os inúmeros motorhomes parados ali. Fomos orientados a nos dirigir para o camping municipal, afastado do centro (10km) e ao lado da Estação do Trem do Fim do Mundo.

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Antes, saímos para bater perna pela última cidade do planeta e fazer algumas comprinhas, especialmente de acessórios de frio. Estávamos precisando. Compramos uma luva para cada um, meias térmicas apropriadas para trekking e “segunda pele”, aquela blusa de manga cumprida e calça finas para usar embaixo das demais. Não parece, mas auxilia bastante a manter a temperatura do corpo mais alta. Se for viajar para o frio anota essa dica. Por fim, cedemos às inúmeras lojinhas de souvenirs, compramos meias de lã com antiderrapantes para ficarmos dentro de casa confortáveis (nosso piso tem ficado muito frio) e algumas coisas para decoração.

Animados, jantamos no restaurante Bodegón Fueguino, lugar bem central, com bom ambiente e recomendado pelos pratos típicos. Pedimos um camarão de entrada e dois pratos de cordeiro patagônico: um com molho de laranja, mel e purê de batata com pancetta; e outro com molho de champignon e batatas quadradas fritas. Tudo uma delícia e o preço razoável, pagamos ARS$4600 – R$115,00. Infelizmente, o atendimento é ruim, apontando para o que viria a ser uma constante em outros estabelecimentos.

De noite fomos para o camping municipal, cujas únicas estruturas eram: um banheiro individual e estruturas espalhadas para fazer churrasco. O lugar é longe, não proporciona água nem energia, requisitos mínimos que se espera de um camping. Em contrapartida, é um verdadeiro condomínio de “brazucas” (brasileiros) no Ushuaia, onde todos os viajantes se reúnem e confraternizam. É nítida a alegria de todos de viver o sonho de alcançar o Fim do Mundo.

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Acordamos cedo, nossa previsão do tempo havia acertado: o dia estava maravilhoso, maior solzão. Organizamos a mochila com os equipamentos, lanches e tomamos um café da manhã reforçado porque teríamos o nosso primeiro trekking pela frente. Pegamos a estrada para sair da cidade de volta pela RN 3 e estacionamos no local indicado: Laguna Esmeralda. Uma das principais atrações do Fim do Mundo.

O início da trilha é no meio de um bosque lindíssimo e já estávamos embasbacados com a experiência que estávamos tendo. Com a caminhada o corpo se aquece bem, mesmo na sombra das árvores. No primeiro descampado já tiramos todos os casacos. A caminhada trouxe uma mistura de sentimentos de liberdade, contemplação, vitalidade, amor pela natureza, encantamento. O caminho segue lindíssimo com vista para as montanhas que ficam acima da Laguna Esmeralda. O trajeto é praticamente todo plano, com pequenos trechos mais enlameados por conta da chuva e umidade. Ao nos aproximarmos, um riacho de cor esmeralda dava spoiler do que estaria por vir. 

Percorremos 6km em duas horas e finalmente chegamos da maravilhosa Laguna Esmeralda. Sua cor é fascinante, verde Tiffany, e a combinação com as montanhas no fundo tornam o lugar simplesmente magnífico. Com a chegada na laguna veio também o frio e o vento, impressionante como a temperatura baixa. Buscamos abrigo em uma área lateral com algumas árvores, aonde muitos trilheiros também foram para fazer seus lanches e apreciar a paisagem.

Nesse momento o frio da Dani era tanto que deu “tela azul”, não conseguia se mexer, sem sentir os pés e com as mãos congeladas. Com todos os casacos ela ainda estava com muito frio. Comemos nosso sanduiche, barra de cereal e dividimos uma barra de chocolate. Mesmo assim ela estava travada. Com um pouco de medo por termos derrubado recentemente o drone, o Livio subiu com ele para registrar algumas imagens, mas o medo e o frio atrapalharam. Mal sentia a ponta dos dedos para pilotar. Guardamos tudo e, antes de ir embora, o vento diminuiu um pouco, conseguimos tirar algumas fotos lindas, embora não reflitam a verdadeira beleza do lugar. 

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O retorno na trilha foi tranquilo como a ida, conseguimos voltar devagar contemplando esse lugar incrível. Chegamos em casa cansados, mas muito melhores do que imaginávamos após 12km. Ficamos verdadeiramente apaixonados e o Livio teve a certeza de uma nova paixão e hobby: o trekking. O trekking nos permite ter contato com a natureza, nos exercitar, conversar e produzir conteúdo. Combo único!

Fizemos uma parada estratégica no posto de combustível YPF para encher nossa caixa d’água e tomar uma ducha antes de voltarmos para o camping municipal. Por conta do frio, tomar banho dentro de casa começa a ser encarado como uma missão. Pesquisamos o horário mais quente do dia e, quando temos a oportunidade, duchamos fora. Verdades nuas e cruas sobre a vivência em um motorhome.

Quer acompanhar de pertinho essa aventura?! Corre lá no Instagram @sonhandoacordadobr

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