Stablecoins em Foco: A Nova Prioridade do Banco Central

Em 2024, essas moedas digitais representaram cerca de 70% dos R$247,8 bilhões movimentados em criptoativos no Brasil, um número que destaca a força crescente dessas alternativas no cenário local

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp

O jogo mines aposta reflete bem como as stablecoins têm se tornado centrais no mercado financeiro, tanto pela facilidade quanto pela agilidade que oferecem. Em 2024, essas moedas digitais representaram cerca de 70% dos R$247,8 bilhões movimentados em criptoativos no Brasil, um número que destaca a força crescente dessas alternativas no cenário local. A Tether (USDT), líder entre as stablecoins, foi responsável por R$153,7 bilhões desse montante.

O Banco Central do Brasil, atento a esse crescimento, busca equiparar as operações com stablecoins às normas do mercado de câmbio. A ideia é trazer segurança jurídica e aumentar a competitividade para empresas e indivíduos. Além disso, a regulamentação das PSAVs (Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais) deve estruturar o mercado e reforçar a eficiência nas transações financeiras, uma mudança que impacta diretamente as stablecoins vinculadas ao dólar, euro e outras moedas.

Com isso, o Brasil segue uma tendência global, buscando controlar o uso crescente dessas criptomoedas em operações internacionais. Essa abordagem reflete a preocupação em equilibrar inovação e proteção aos investidores, especialmente em mercados emergentes, onde as stablecoins já são usadas como alternativa ao câmbio tradicional.

Mudanças na Custódia de Stablecoins: O Que Está em Jogo

Uma proposta polêmica do Banco Central sugere proibir o uso de carteiras autocustodiadas para stablecoins, obrigando os usuários a armazenar seus ativos em exchanges autorizadas. Essa mudança pode afetar diretamente a liberdade de quem prefere gerenciar seus criptoativos de forma independente. A justificativa é que essa medida aumentaria a segurança e evitaria operações fora do controle do mercado de câmbio regulamentado.

A ideia por trás dessa restrição é conter negociações irregulares e aumentar a supervisão. Especialistas, como Thássila Victória Nogueira, destacam que a intenção é transferir a custódia das stablecoins para PSAVs devidamente regulamentadas. Essa exigência pode dificultar práticas como lavagem de dinheiro e outros usos ilegais, mas também levanta questões sobre a autonomia dos investidores.

Esse tema ganha ainda mais relevância considerando o impacto econômico das stablecoins no Brasil. Locais estratégicos, como resorts de luxo com cassinos, podem se beneficiar de uma regulamentação mais robusta, já que transações internacionais em moedas digitais tendem a ser frequentes nesse setor. Assim, a proposta do BC não afeta apenas o mercado financeiro, mas também setores relacionados à hospitalidade e turismo.

O volume expressivo de stablecoins também motivou investigações recentes sobre atividades ilícitas. Em 2024, a Polícia Federal identificou casos em que esses ativos foram usados em esquemas de lavagem de dinheiro. Isso reforça o argumento de que o controle mais rígido pode trazer benefícios no combate a crimes financeiros, mas precisa ser equilibrado com a liberdade dos usuários.

Por outro lado, a Associação Brasileira de Criptoeconomia apoia a consulta pública e defende que as normas sejam proporcionais ao risco. Para muitos, o desafio será implementar uma regulamentação clara e acessível, que promova segurança sem sufocar a inovação no mercado de criptoativos. Essa discussão continua aberta, com a participação de especialistas e investidores que esperam maior clareza até 2025.

Impactos da Regulação no Mercado Cripto Brasileiro

A regulamentação proposta pelo Banco Central promete mudanças significativas no mercado de criptoativos do Brasil. Em 2024, foram movimentados R$247,8 bilhões em criptoativos, com 70% desse volume sendo stablecoins. Essa dominância já demonstra a importância de regulamentar o setor para garantir mais segurança e estabilidade nas transações. Com a introdução das VASPs (Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais), o objetivo é organizar e supervisionar melhor as operações, proporcionando mais confiança aos investidores.

Um dos destaques dessa regulação é a aplicação de regras proporcionais ao risco das atividades. Essa abordagem pode beneficiar o mercado, reduzindo burocracias desnecessárias para empresas menores, mas ainda garantindo a supervisão necessária para evitar irregularidades. Essa estratégia busca um equilíbrio entre a inovação e a proteção dos participantes do mercado.

Porém, a proposta de proibir o uso de carteiras autocustodiadas para stablecoins levanta debates sobre a flexibilidade dos investidores. Essa medida, se implementada, permitiria que stablecoins fossem armazenadas apenas em exchanges autorizadas, o que pode aumentar a segurança das operações, mas ao custo da liberdade individual dos usuários. Especialistas veem isso como um esforço para alinhar o mercado de criptoativos às regras do sistema financeiro tradicional.

Essa transformação no mercado cripto, esperada para 2025, visa atrair investidores institucionais e colocar o Brasil em posição de destaque global na regulamentação de ativos digitais. Com maior segurança e clareza nas normas, o país pode se tornar um modelo para outros mercados emergentes.

Um Novo Cenário para Stablecoins e Investidores

A regulamentação das stablecoins promete redefinir o cenário para investidores no Brasil em 2025. Esses ativos, responsáveis por R$ 153,7 bilhões do volume total de transações em 2024, têm sido amplamente utilizados devido à sua estabilidade e baixo custo operacional. O Banco Central busca trazer mais segurança jurídica para essas operações, um passo essencial para atrair investidores institucionais e fortalecer a confiança no mercado.

Com a proibição de transferências para carteiras autocustodiadas, a intenção do Banco Central é evitar o uso de stablecoins fora do mercado regulado. Essa medida busca coibir práticas ilegais, como o esquema conhecido como “cripto-cabo”, no qual ativos digitais são usados para lavar dinheiro e enviar valores ao exterior. A restrição pode beneficiar a economia brasileira ao dificultar o uso de stablecoins em atividades ilícitas e ao garantir um maior controle sobre as operações financeiras.

A introdução de uma regulamentação robusta pode colocar o Brasil no radar de investidores globais. O alinhamento com padrões internacionais de governança e segurança cria um ambiente mais favorável para novos negócios, estimulando tanto o mercado local quanto a economia digital como um todo. Esses avanços são esperados para consolidar o Brasil como um dos principais mercados de criptoativos da América Latina.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Stablecoins em Foco: A Nova Prioridade do Banco Central

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui