Não bastasse o stress diário de atuar no patrulhamento de uma cidade extremamente complexa do ponto de vista da segurança, Guardas Municipais do Rio ainda tem que conviver em condições absolutamente insalubres no local onde, teoricamente, deveriam descansar e fazer suas refeições.

A situação de total abandono e descaso das autoridades pode ser conferida no alojamento da GM da 2ª inspetoria do Leblon, na Praça Nossa Senhora Auxiliadora, na Zona Sul do Rio. Além de infraestrutura paupérrima, com as paredes caindo aos pedaços e cheias de infiltrações, os agentes vivem em meio a sujeira, escombros e ainda dividem espaço com ratos que infestam o lugar.

As condições subumanas e totalmente inadequadas de higiene foram denunciadas com exclusividade ao DIÁRIO DO RIO. Nas imagens feitas na unidade, é possível ver o cenário precário das instalações. Os profissionais são submetidos a um cenário que mais parece ter saído de um filme de guerra, com o risco de contraírem doenças e ficarem impossibilitados de exercerem suas funções.

“Como algum trabalhador pode ter motivação de ir para rua realizar com eficiência seu trabalho, se no local que almoça, descansa e faz suas necessidades está nessas condições?”, relatou um agente que prefere não se identificar.

A rotina dos Guardas Municipais da unidade é inversamente proporcional à realidade das áreas em que eles fazem o patrulhamento. A equipe é responsável por monitorar vários bairros da Zona Sul, como Leblon, Ipanema, São Conrado, Gávea, Jardim Botânico, localidades conhecidas pelo alto valor cobrado no metro quadrado, figurando entre os maiores do país.

Em contato com o DIÁRIO DO RIO, a Guarda Municipal informou que já está realizando as obras de manutenção e recuperação das instalações da UOP-Leblon. A GM ainda destacou que as áreas mais críticas não estão sendo utilizadas pelos guardas municipais até a conclusão dos reparos.

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