Supermercados do Rio oferecerão novas formas de processamento de carne

Com o registro do SIM, supermercadistas poderão manipular e comercializar artigos de fabricação própria como carne moída, hambúrguer e linguiças

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Foto: Steven Depolo

O Supermercado Zona Sul do Recreio dos Bandeirantes, que integra a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), é o primeiro supermercado no município a implementar o Registro SIM-Rio – Serviço de Inspeção Municipal do Rio de Janeiro.

Com o registro do SIM, os supermercadistas poderão manipular e comercializar artigos de fabricação própria (como carne moída, hambúrguer, linguiças, entre outros) em um ambiente controlado e adequado às normas sanitárias. Ou seja, permite o descongelamento técnico e a venda de carne moída em bandejas, espetinhos e bifes a rolê e à milanesa, entre outros produtos, por exemplo.

De acordo com o presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, todos ganham com a adesão do selo, principalmente o cliente, que terá mais opções de compra. “O decreto muda a operacionalização dos supermercados. Agora é possível ter centrais de distribuição, onde podem ser feitos fatiamentos e descongelamento técnico de produtos para fracionamento. Mas, o grande ganho para o setor é a comercialização da carne pré-moída para quem tem o SIM. Isso traz praticidade para o consumidor que terá, à disposição, vários cortes de carnes com certificação com total segurança dos alimentos”.

O programa inédito, lançado pela Prefeitura do Rio, por meio da Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses, garante maior controle e fiscalização de produtos de origem animal (POA), aumentando a segurança para o consumidor. O mercado que não tiver o registro, só poderá comercializar os produtos de origem animal na forma de autosserviço, ou seja, prática de serviços, em estabelecimentos comerciais, que não são prestados por empregados, mas sim efetuados – em partes ou completo – pelos próprios clientes ou consumidores.

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Desde o início de outubro a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) está ministrando, em parceria com VISA RJ, treinamentos aos associados para que eles possam tirar suas dúvidas para solicitar o SIM.

O SIM é um dos avanços na área de inspeção trazidos pelo primeiro Código Sanitário do Município do Rio (aprovado por unanimidade na Câmara dos Vereadores em dezembro do ano passado), que institui a inspeção agropecuária com a criação do Registro de Estabelecimento de Produção Agropecuária (Repa).

A assinatura do Decreto que regulamenta o Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal do Rio de Janeiro (SIM-RIO/POA) foi realizada no dia 05 de agosto de 2019. O evento, que reuniu cerca de 200 pessoas, foi realizado no Palácio da Cidade, sede da prefeitura do Rio, e reuniu representantes e produtores de vários setores.

Além de benefícios à saúde pública, o programa auxiliará a agroindústria familiar e pequenos produtores de queijos, hambúrgueres e linguiças artesanais, entre outros empreendedores. Muitas vezes impedidos de se regularizar por falta de autorização sanitária, eles poderão em breve se formalizar no próprio município, o que vai alavancar o crescimento de muitos negócios na cidade.

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2 COMENTÁRIOS

  1. O Brasil é mesmo um país de vai-e-voltas.
    Na década de 1960, tínhamos uma profusão de criadores domésticos de porcos, galinhas e vacas.
    Os matadouros eram municipalizados e havia um sem-número de frigoríficos particulares de pequeno porte, todos regionais e que traziam até um ar de exclusividade para certos produtos regionais.
    Com as novas leis sanitárias e agrícolas durante o início do governo militar, sumiram os porcos, as vacas e as galinhas e não sabemos mais onde o galo canta às seis horas da manhã.
    Esta providência governamental organizou e equalizou o suprimento de todas as regiões abastecidas apenas com a produção regional, através das CEASAS, e a cebola do Rio Grande do Sul apareceu na mesa do nordestino, assim como o abacaxi do Nordeste decorou o prato do gaúcho.
    Nasceram os grandes empreendedores do Agronegócio e até os escândalos de corrupção envolvendo pecuaristas.
    Agora, tenta-se uma volta à regionalização e que trará grandes mudanças na grade de produtos também para os grandes frigoríficos, já estabelecidos inclusive no mercado internacional.
    Será que vamos ouvir o galo cantar às seis horas da manhã novamente?

  2. O Brasil é um país de vai-e-voltas.
    Na década de 1960, havia um sem-número de produtores e criadores domésticos de porcos, galinhas e vacas.
    Isto foi abolido pelas leis sanitárias e agrícolas e agora não se sabe mais onde o galo canta.
    Nasceram as grandes corporações e os grandes criadores rurais, além desta providência também ter impulsionado o agro negócio de grande escala em todo o país.
    Agora, a Sadia, Perdigão, JBS e muitos outros terão como concorrentes diretos os açougues dos supermercados.
    Será que ouviremos em breve o galo cantar novamente?

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