Supervia, Estado e União terão 120 dias para apresentar plano de reforma da Estação Leopoldina

Em caso de descumprimento da medida, uma multa diária de R$ 30 mil, limitada ao teto de R$ 12 milhões será cobrada

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Fachada da estação: pichações, sujeira e ferrugem no prédio tombado pelo patrimônio - Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O juiz Paulo André Espirito Santo, da 20ª Vara Federal do Rio, condenou a SuperVia, a Companhia Estadual de Transportes e Logística (Central) e a União a apresentarem um projeto de restauração da Estação Leopoldina num prazo de 120 dias. Em caso de descumprimento da medida, uma multa diária de R$ 30 mil, limitada ao teto de R$ 12 milhões será cobrada. A informação foi divulgada incialmente pelo Jornal Extra.

Inaugurado em 6 de dezembro de 1926 na Avenida Francisco Bicalho, no Centro, a Leopoldina, como muitos cariocas carinhosamente chamam esse patrimônio cultural e histórico, foi fechado em 2001 para passageiros, remanejados, então, para a Estação Central do Brasil. O terminal de trens Barão de Mauá foi projetado pelo arquiteto inglês Robert Prentice e é tombado pelos institutos do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac).

Temendo risco de desabamento, MPF pede que União assuma Estação da Leopoldina

Desde 2013, o Ministério Público Federal tenta na Justiça que o imóvel seja recuperado. Na sentença da última sexta-feira, o juiz Paulo André Espirito Santo afirma que os réus vêm descumprindo reiteradamente uma decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), de 2017. Por isso, diz ele, foi acatada a tutela de urgência para que os reparos sejam iniciados. O documento cita ainda que não está excluída a possibilidade de responsabilização dos gestores no futuro.

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O órgão relacionou uma série de problemas envolvendo a estrutura da estação ferroviária. Tais como; partes do prédio e seu anexo estão cedendo; elementos estruturais foram retirados; não se conhece a situação das ligações de energia, gás e água; existe material ferroviário de grande valor nos arquivos e nos pátios, um rio não dragado e uma fábrica de estruturas paralisada, com inúmeros focos de endemias não controladas; o perigo de desabamento consta expresso no laudo pericial da Polícia Federal , feito em julho de 2017, há dois anos e meio já, permitindo concluir que tudo se agravou.

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1 COMENTÁRIO

  1. Em qualquer país do mundo uma edificação deste porte com esta arquitetura incrível seria valorizada como patrimônio arquitetônico e como um museu do Trem com lojinhas, café, acervo, exposições, etc. Que a Estação Leopoldina volte para o carioca e turista! E seja revitalizado e reformado

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