Papo de Talarico: Um sopro de MPB com Suzana Morales

Música brasileira respira com álbum de estreia com gosto de nostalgia

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Suzana Morales no Papo de Talarico
Suzana Morales é MPB na areia (foto: Alessandra Tolc)

Com uma introdução que embala de forma que promete uma animação, surge a voz interessante de Suzana Morales e uma reflexão sobre respirar, bem no momento onde uma pandemia vai direto nessa necessidade humana. A canção lembra algumas antigas MPBs, poéticas, saborosas. Afinal, pede para respirar com o olhar. E quem respira com o olhar é principalmente o poeta, o artista.

A cantora, nascida em Brasília, mas radicada no Rio de Janeiro, busca um canto do âmago e voa como um rouxinol. “Respirar” vem de um poema da dramaturga Carol Pitzer, que Suzana musicou, com os belos arranjos do maestro Edvan Moraes.

“‘Respirar’ veio como força de oração/súplica, para que as pessoas tomem as rédeas de sua vida e vivam de fato. Há tanto mortos em vida e isso é algo inconcebível pra mim. A escolha deste poema me trouxe isso… vida! Respirar é viver. É ser livre, é romper com tudo aquilo que te prende e sair como um furacão sem controle. E ver aonde a vida leva. É abraçar a sombra, a luz, o poder e o espanto que habita em nós”, me disse Suzana Morales.

Ajuntamento

A canção abre o álbum “Respirar”, que ganhou lançamento no último dia 04 de junho de 2021. Em seguida, a música “Mulher” faz uma ode à força feminina e é um clamor por liberdade.

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“Sambinha do Ajuntamento” me fez bem, vontade de levantar e dançar colado com uma bela companhia numa manhã fria de inverno carioca enquanto o sol nasce devagar e traz esperança de pecados que façam bem. É samba carinhoso, com um coro gostoso no fundo, melodia aconchegante. Tem jeito de Rio de Janeiro vivo e cheiro de beijo doce.

Para esse álbum eu não daria nenhuma “Nota de Repúdio”, nome de outra canção que enamora num estilo latino ao mesmo tempo que traz um toque baiano. Aliás, nessa ótima música, o impressionante trompete de Gessé de Souza Santos conversa com a voz de Suzana teimosamente querendo protagonizar. Bom demais.

Ah, quem não ama música? O poder dessa arte é tão grandioso e necessário para a elevação humana que “A Rosa dos Tempos” gira até diferente, como um catavento de gente.

Enfim, em tempos tão esquisitos, onde a saudade de épocas mais saudáveis impera, Suzana Morales é sopro de novidade com gosto de nostalgia no cenário musical brasileiro.

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