Um levantamento realizado pela consultoria Binswanger Brazil verificou que, pelo 3º trimestre consecutivo, os escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro e de São Paulo apresentaram um recuo em suas respectivas vacâncias. Os resultados indicam uma tendência no aumento da reocupação das lajes corporativas no pós-pandemia. As informações são do jornal O Globo.
Segundo a consultoria internacional, no Rio de Janeiro, a vacância foi reduzida de 44,5% para 42,4%, em 2022. Até o momento, 11 mil metros quadrados foram acionados por locatários. O fato de o mercado da capital fluminense não registrar a construção de novos prédios corporativos há 3 anos, teria ajudado na redução da vacância dos empreendimentos já existentes.
A Binswanger – que é uma espécie de imobiliária internacional especializada neste segmento – ressalta, no entanto, que mesmo com o movimento de queda na vacância, o município ainda registrou um desempenho negativo no segmento nos últimos 12 meses. Ao todo, o Rio de Janeiro ainda registra a vacância de 5 mil metros.
Dados do departamento comercial da Sergio Castro Imóveis, o maior da Cidade, dão conta de que nos últimos 12 meses foram ocupados mais de 30.000m2 de áreas comerciais só na região Central, incluindo grandes locações como da Yduqs, na Presidente Vargas, do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), na Teófilo Otoni, e da Vivian Festas, na Avenida Passos. Em sua nota, a empresa também menciona grandes locações feitas à RioUrbe, ao Governo do Estado, à Águas do Rio e a diversas outras empresas. Também menciona que 4 universidades estão buscando grandes áreas para locação no local, além de duas agências reguladoras e um Consulado. A empresa faz parte da Aliança Centro, uma organização privada de grandes players da região atuando para aumentar sua atratividade.
Em São Paulo, a vacância registrou um recuo de 25,3% para 24,7%, no período compreendido, entre o final do ano passado até o momento atual. A capital paulista apresentou, em um ano, um decréscimo de 54 mil metros quadrados de vacância nos prédios de escritórios da cidade.
De acordo com o estudo, os resultados paulistanos só não foram melhores por conta da construção de dois novos edifícios de alto padrão na cidade: o JFL Rebouças e o Auri Plaza Faria, que juntos somam 12 mil quadrados em lajes corporativas. Na região da Faria Lima, coração do mercado financeiro nacional, a vacância é de somente 5%.