Tecnologias vêm “ocupando” mãos que estão faltando nos aplausos e atenções

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Foto: Dionísio Tremura

Usado como aprovação e reconhecimento a algo que acaba de ser  realizado com qualidade impulsionadora pro gesto do observador, o  APLAUSO, que é uma das maiores “massagens no ego” de qualquer ser humano, vem sendo preterido por “cliks” – sonoros ou mudos – em quase todas as ações merecedoras desse “momento mágico”.

Artistas de qualquer vertente,  Oradores/as,  Advogados/as,  Atletas,  Administradores/as,  Médicos/as  e Correlatos,  Cientistas,  Estudantes,  Marceneiros/as,  Vendedores/as,  Motoristas, e qualquer outra atividade profissional,  Jovens,   Adultos/as,  Idosos/as  e etc…etc…etc…,mesmo que em períodos de crise empregatícia e até produtiva, todos estão em busca do há muito conhecido por VIL METAL, pois ninguém vive “de tapinhas nas costas”, mas o APLAUSO, ah o APLAUSO, quando ele vem… o  “egão”  fica em festa, parecendo ”pinto no lixo”.

Sabe-se, via História Mundo Estranho, que o APLAUSO é usado há mais de 3000 anos para reconhecimento e agradecimento  verdadeiro a alguém que fez  ou mostrou algo merecidamente aplaudível . Sabe-se também que “a vaia crítica” é  procedimento antagonista, que deve ser recebida e devidamente avaliada pelo recebedor, quando aplicada com respeito e justiça.

Devido à fantástica propagação do uso das tecnologias que, sem dúvida, hiperfacilitaram nosso dia a dia, a atenção ao “próximo” está cada vez mais “distante”, ou seja, “importante” é o “ausente”– “tenho que lhe mandar selfie, mensagem ou ligar”-, havendo aí até uma certa razão, pois o que está à sua frente provavelmente estará fazendo algo idêntico.

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Têm sido enfaticamente mostradas por fotos e vídeos,  mesas de restaurantes, em momentos de comemoração, com várias pessoas à volta sem absolutamente nenhum contato direto entre os “presentes”, todos conectados com os “ausentes”.

Em vários circuitos turísticos tem sido comprovado esse tipo de procedimento, principalmente no tocante aos locais mostrados, onde o interesse maior, da maioria, é fazer selfie  ou mesmo clikar  para mandar a alguém ou, quando muito, ver depois, nos shows musicais é uma “festa”. Ou seja, “degustar ao vivo”, saber de seu histórico, suas curiosidades e etc…, está cada vez menos importante para grande parte da plateia.

No já  famoso APLAUSO AO ASTRO REI, realizado há mais de 50 anos, inicialmente nas areias de Ipanema, com “criação creditada” ao jornalista e praieiro do posto 9 Carlos Leonam(80), prontamente adotado pela rapaziada das pranchas e “vapor escondido dos home”, atrás das dunas da Teixeira de Melo, tendo o Pier de Ipanema como “rota de fuga”  e  posteriormente por admiradores locais e até vindos de muito longe especificamente para o SHOW, visto das “arquibancadas” da Pedra do Arpoador, a “ocupação” das mãos vem sendo preponderante para que boa parte da plateia não contribua sonoramente com seu APLAUSO, no momento mágico do POR, em virtude das mãos ocupadas “clikando” ou pior, de costas para o SHOW DO ASTRO…”selfiando”.

É lógico que concordo com o direito de cada um fazer o que melhor lhe aprouver em seus momentos e atitudes, mas também me dou o direito de simplesmente lamentar e torcer para que essa consagrada atração turística e momento tão  especial  carioca, conhecido já além fronteiras, internas e externas, como APLAUSO AO ASTRO REI, não se deixe abalar pela crise, em todas as suas vertentes, nem pelos NARCISISMOS EXACERBADOS!

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