Terminal Gentileza completa 1 ano com muitas vitórias e alguns percalços

TIG realiza cerca de 152 mil viagens diárias. Em um ano já foram realizadas 14 milhões de viagens. Prefeitura espera que, até 2030, 250 mil usuários passem pelo terminal por dia

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Terminal Intermodal Gentileza - Foto: Reprodução

O integrador de transporte público carioca, o Terminal Intermodal Gentileza (TIG) completou um ano de operação, nesta segunda-feira (24), realizando cerca de 152 mil viagens diárias e somando 14 milhões de viagens desde sua inauguração. É uma das estrelas da região portuária e mudou a cara da mobilidade no Rio.

O modal conecta os serviços do BRT Transbrasil às linhas 1 e 4 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e às 27 linhas de ônibus municipais. A projeção é de que, até 2030, o modal transporte diariamente até 250 mil pessoas.

O TIG foi construído em uma área de 77 mil metros quadrados que a Prefeitura comprou da Caixa Econômica Federal (CEF) por R$ 40,8 milhões e contou ainda o aporte de, aproximadamente, de R$ 300 milhões, oriundos da Parceria Público Privada (PPP) do VLT do Centro para a sua construção. Deste montante, R$ 257,8 milhões foram financiados pelo Banco do Brasil, para a reestruturação do sistema do BRT.

A área do integrador de transporte é moderna e bem elaborada, ocupando dois andares. No térreo, os usuários têm acesso a todos os modais. No andar superior, aos passageiros encontram bilheterias, cerca de 80 lojas, sala de espera para o serviço especial Terminal Gentileza/Aeroporto Internacional do Galeão (GIG) e banheiros.

O equipamento também oferece facilidades de acesso, como as passarelas da Rodoviária, da Rua São Cristóvão e da Avenida Brasil, além do acesso pela Avenida Francisco Bicalho.

O Terminal Intermodal Gentileza é um dos equipamentos do chamando legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. O TIG Gentileza recebeu em sua obra as estruturas metálicas do Centro Internacional de Transmissão, construído no Parque Olímpico.

A inauguração do modal permitiu a expansão do VLT, com a construção de mais um trecho da Linha 1, que parte do Aeroporto Santos Dumont (SDU) até o TIG; e também foi construída a Linha 4, para fazer a ligação com as barcas, na Praça XV. O Gentileza conecta ainda ônibus e o BRT Transbrasil, em seus 26 quilômetros de percurso.

O vice-prefeito Eduardo Cavaliere destacou que o Gentileza representa um grande ganho para a população, por conta da redução do tempo de viagem, da comodidade e da revitalização da área ao redor do terminal.

“O Terminal Gentileza mudou a vida das pessoas, especialmente as que precisam do BRT. Hoje, ele é o coração do transporte público carioca. O TIG dá mais dignidade, porque o cidadão perde menos tempo no transporte público, no caminho entre a casa e o trabalho, e pode passar mais tempo com a sua família, com os amigos. Isso não tem preço. Esse impacto pode ser mensurado com estes 14 milhões de viagens desde a inauguração. Além disso, a região central também foi beneficiada com a revitalização proporcionada pelo terminal. Novos moradores estão chegando ao bairro e com a vasta opção de mobilidade, por meio dos BRT, ônibus e o VLT Carioca. Tudo isso de forma integrada”, disse Cavaliere, segundo o jornal O Globo.

A conexão com o Aeroporto Internacional Tom Jobim (RIOgaleão) também é contemplada, por meio da linha expressa de ônibus executivos TIG x GIG, que opera das 6h à meia-noite, com intervalos de 20 minutos. O tempo de deslocamento, que é sem paradas, é de cerca de 25 minutos. A passagem custa R$15.

Apesar de todas as benesses, o Terminal Intermodal Gentileza ainda enfrenta alguns percalços, que devem ser reajustados. Entre eles estão superlotação em algumas linhas e horários, atrasos, longas filas de embarque, falta de acessibilidade para idosos, além de falta ou precariedade do ar-condicionado. Os problemas são verificados, especialmente nos horários de pico.

À reportagem de O Globo, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) alegou que fará fiscalizações para verificar as reclamações dos usuários. A SMTR ressaltou que faz fiscalizações nas ruas e garagens, com os veículos flagrados com irregularidades sendo multados.

Consórcios descumpridores das regras têm o subsídio cortado e os ônibus podem ser lacrados, segundo a secretaria.

Quanto à falta de acessibilidade, a VLT Carioca, concessionária que administra o TIG, disse ao veículo que o espaço dispõe de rampas de acesso que interligam as passarelas 1, 2 e 3 ao mezanino e às plataformas dos ônibus e BRT, além de elevadores para o VLT.

“O sentido da escada rolante é determinado de acordo com o fluxo de clientes. No caso das plataformas dos ônibus municipais, durante a manhã a movimentação de pessoas é maior na descida e, à tarde e à noite, na subida. É importante frisar que as equipes de atendimento estão atentas à movimentação e, caso haja mudança neste cenário, as determinações podem alteradas. Assim como é possível mudar o sentido do equipamento, conforme a necessidade dos clientes”, afirmou a concessionaria por meio de nota.

A Rio Ônibus, por sua vez, advertiu que “os veículos serão identificados e recolhidos para manutenção”.

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