Com um acervo de três mil livros de um dos maiores críticos da música brasileira, foi inaugurada, nesta quarta-feira (26/7), a Biblioteca Municipal Lúcio Rangel, na Tijuca. O espaço fica dentro do Centro da Música Carioca Artur da Távola, um imóvel de 1921, tombado pelo município. Maria Lúcia Rangel disponibilizou um acervo do pai, Lúcio do Nascimento Rangel, jornalista, colecionador e produtor musical. Considerado por muitos o pai da crítica musical brasileira.
O Centro da Música Artur da Távola ocupa o antigo Palacete Garibaldi, de estilo inspirado no medieval francês, projetado por Gaspar José de Souza Reis. O imóvel também dispõe de um estúdio de gravação. No prédio anexo ao palacete, há um auditório com 159 lugares, a Sala Maestro Paulo Moura. Na ocasião da inauguração, houve uma apresentação gratuita de jazz com o Duo Livia Fred, voz e guitarra.
“É lindo que eu estou deixando para todo mundo, né? Todo mundo vai ter a possibilidade de ler um livro desses, que são coisas que estão sumindo. Acho que todas são especiais, mas pela obra do Pixinguinha tenho um carinho especial, porque meu pai me apresentou Pixinguinha. É tudo primeira edição, a maioria tem dedicatória. Eu virei jornalista por causa dele, que me levou à casa do Cartola, na Mangueira, para tomar um drinque com o Pixinguinha. Então ,eu conheci esse pessoal todo. Fiquei amiga do Vinícius, do Tom“, comentou Maria Lúcia Rangel, que se graduou em jornalismo por causa do pai.
Lúcio Rangel ganhou importância para a história da música brasileira principalmente por seu trabalho como diretor e redator da Revista da Música Popular, publicada entre 1954 e 1956. Foi ele quem apresentou Tom a Vinicius, em 1956, no Villarino, onde teve início o projeto que desencadeou a peça “Orfeu da Conceição”.
Serviço:
Biblioteca Municipal Lúcio Rangel
Endereço: Rua Conde de Bonfim 824, Tijuca
Funcionamento: De terça-feira a domingo
Horário: Das 10h às 17h
Entrada: Grátis
Classificação: Livre