A distribuição de doces às crianças é uma tradição na celebração do dia de São Cosme e São Damião. Mas como isso funcionaria em meio a uma pandemia? As medidas de combate e prevenção ao coronavírus trouxe mudanças para a data: destacou paçocas e doces de leite embalados, diminuiu a quantidade de saquinhos oferecidos e fez ressurgir a distribuição antecipada de “senhas”.
As docerias e supermercados tiveram registros de aumento na procura de doces neste sábado (26/09). Mesmo com as medidas de distanciamento, as tradições não foram deixadas de lado. Muitas pessoas se adaptaram para que a distribuição não causasse aglomerações.
São Cosme e São Damião eram dois irmãos gêmeos que morreram por volta de 300 a.C. e, por terem exercido a medicina sem cobrar por isso, viraram santos. Eles davam balas para as crianças doentes, com o intuito a amenizar o sofrimento. Daí, surgiu a tradição das religiões de matrizes africanas de distribuir de doces, celebrando a alegria e a inocência das crianças.
Para os católicos, São Cosme e São Damião são os padroeiros dos farmacêuticos. Já em religiões de matrizes africanas, algumas imagens de Cosme e Damião tem uma terceira criança menor entre os gêmeos. Trata-se do Doum. Várias lendas explicam quem é a terceira criança. Uma delas conta que Cosme, Damião e Doum eram trigêmeos e que com a morte de Doum os outros irmãos se tornaram médicos para curar a todas as crianças, sempre de forma gratuita. Doum é considerado o protetor das crianças até sete anos de idade. Cosme, Damião e Doum representam os erês.
Há anos, a comemoração de distribuir doces às crianças, deixou de ser ligada apenas à religião e acabou se expandido à população de maneira geral, ou seja, saiu um pouco do âmbito apenas religioso e se tornou, há muitos anos, uma tradição no Rio de Janeiro. Desta vez, realizada de maneira um pouco diferente, mas seguirá como um patrimônio cultural carioca.
Quem disse que se dá “senha”, para ganhar doces no dia de Cosme e Damião ?
O q se dizia no meu tempo de guri, era “pegar doce com cartão” ou “sem cartão”, tinha também balas e moedas “avanço”, (essa eu não explico, q quero ver quem sabe, tinha tbm “de mesa”, vamos lá arrisquem.