Um tratamento pioneiro no Brasil, desenvolvido em parceria pelo Hemorio e o Instituto Estadual do Cérebro, promete ajudar pacientes diagnosticados com a Covid-19.
É o tratamento com plasma convalescente, que consiste na infusão de plasma sanguíneo com anticorpos da doença em pacientes infectados pelo novo coronavírus.
A técnica já vem sendo utilizada em vários países, como os Estados Unidos e o Reino Unido. No Brasil, o Rio de Janeiro é pioneiro no tratamento.
Os testes começaram em abril, mas os cientistas alertam que a terapia tem mais chances de sucesso em pacientes que ainda não foram entubados.
“O paciente moderadamente grave. Aquele paciente que já tem algum grau de comprometimento, mas que ainda não está entubado. É aquele paciente que ainda está numa UPA, antes de ser transferido. Então se a gente puder fazer o plasma nesse paciente a gente acredita muito que possa ajudar“, explicou Monica Gadelha, chefe do laboratório de Biologia Molecular do Instituto do Cérebro.
A mesma técnica já foi aplicada nas epidemias de Ebola e H1N1 e surge como mais uma possível estratégia para o combate do coronavírus.
Segundo os especialistas, o processo de doação de plasma é um pouco mais demorado do que a doação de sangue normal, podendo levar até 2h, entre os exames necessários e a doação de fato.
“Uma doação de sangue normal leva de cinco a sete minutos e esse processo leva 1h. Com mais a parte de pré-doação e exames, a pessoa fica cerca de duas horas. É um processo bem mais artesanal, mais complexo, embora sem risco nenhum também“, contou Luiz Amorim, diretor do Hemorio e idealizador do projeto.
Até o momento, o Hemorio já recebeu mais de mil inscrições de doadores e 600 pessoas já foram pré-aprovadas para doarem o plasma.
As informações são do portal G1.