Turistas do Rio procuram cidades do interior no Estado no Carnaval

Sem poder celebrar os festejos de Momo, turistas do Rio invadem as cidades do interior do Estado. As taxas de ocupação surpreendem

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Reprodução: Internet

A pandemia do novo coronavírus abortou todas as manifestações populares que possam gerar aglomerações, inclusive a maior festa pagã do planeta: o Carnaval. Sem poder aproveitar os dias de folia, o carioca parte para programas alternativos, como desfrutar da paz e do pouco movimento do interior do Estado do Rio de Janeiro.

No carnaval de 2020, a taxa de ocupação dos hotéis nas regiões Serrana,dos Lagos, da Costa Verde e do Médio Paraíba foi de 80,83%. Em, 2021, em decorrência da pandemia as reservas nessas regiões caíram para 50,26%. Resultado muito bom se levarmos em consideração o atual contexto.

A cidade de Paraty, na Costa Verde do Rio, registrou uma taxa de ocupação de 74% em suas pousadas e hotéis. Já Conservatória, distrito do município de Valença, teve uma taxa de reservas de 62,13%. Tais resultados são inesperados e muito bem vindos.

Um levantamento realizado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio (Creci-RJ) revelou um movimento intenso de aluguéis de vagas por temporada, especialmente em cidades turísticas do interior. As reservas em alguns locais chegam a quase 100% de ocupação.

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As cidades de Petrópolis, na Região Serrana; e a Angra dos Reis, na Costa Verde, são os destinos mais procurados pelos turistas. As taxas de ocupações alcançadas pelas duas cidades durante a pandemia surpreende os mais otimistas profissionais de turismo e do setor hoteleiro atuantes no mercado.

Apesar da pandemia, Angra dos Reis apresentou um aumento na procura por imóveis de temporada da ordem de 30%, se comparado ao mesmo período do ano passado. O perfil dos turistas que vão passar o Carnaval em Angra é bem diferenciado. Eles procuram imóveis de alto luxo, alugados com até sete meses de antecedência para o feriado. Além disso, estão dispostos a pagar bem para ter sossego e qualidade. Dependendo do imóvel contratado, a diária pode chegar a R$ 15 mil.

Em Petrópolis, na Região Serrana do Estado, houve uma procura por reservas três vezes maior do que em um período normal de temporada. O que elevou o valor médio das diárias, chegando a quase o dobro de 2020. A região, que é a preferida por famílias mais numerosas, registrou também uma elevação no preço dos aluguéis de casas para temporada. O imóvel com três quartos em um condomínio com piscina em Araras ou Itaipava pode sair a R$ 20 mil por mês.

Búzios, na Região dos Lagos, continua com os seus apelos turísticos em alta, segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio. A expectativa da instituição é de reserva quase total dos imóveis por temporada da cidade durante o carnaval. Já a reserva de hotéis na cidade está em 40%, de acordo com o sindicato da categoria.

Em dezembro de 2020, prefeitura de Búzios decretou lockdown, além de limitar a 30% a lotação de bares, restaurantes e festas de carnaval. A Justiça determinou que turistas deixassem o município em até 72 horas e proibiu a entrada de hóspedes em hotéis e imóveis de temporada. Após calorosos protestos de empresários e moradores, as medidas foram suspensas. Apesar da reabertura da cidade, o último mapa epidemiológico elaborado pelo Estado do Rio, revelou um risco baixo de transmissão da doença na cidade. A cidade que eternizou uma quase virginal Brigitte Bardot passeando em suas areias permanece como um fetiche no imaginário de turistas de todos os lugares do mundo.

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