Turistas estendem estadia no Rio e avaliam segurança de forma mais positiva

Pesquisa da Fecomércio RJ mostra que turistas estão ficando mais tempo no Rio e relatando maior satisfação com a segurança; impacto econômico chega a R$ 8,8 bilhões.

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Praia da Macumba - Barra da Tijuca - Foto: Rafael Catarcione

A movimentação de turistas no Rio de Janeiro segue em alta após o Carnaval, agora impulsionada pelo show da cantora Lady Gaga, na Praia de Copacabana. Dados divulgados pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) revelam que o destino não só atrai mais visitantes, como também prolonga a permanência e melhora a percepção de segurança entre brasileiros e estrangeiros.

Segundo o levantamento, realizado com 1.037 turistas entre os dias 28 de fevereiro e 4 de março, antes da viagem 32,3% dos brasileiros e 23,3% dos estrangeiros avaliavam o Rio como pouco ou nada seguro. Após a estadia, 65,9% dos brasileiros e 70,6% dos estrangeiros declararam estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a segurança. Apenas 14,1% e 7%, respectivamente, mantiveram uma percepção negativa.

Durante o Carnaval, os turistas permaneceram em média nove dias na cidade — sendo 11 dias no caso dos estrangeiros e sete para os brasileiros. Os hotéis continuam sendo a principal forma de hospedagem, escolhidos por 45,4% dos entrevistados, mas o aluguel por plataformas digitais cresceu e atingiu 34,9%, com o custo-benefício apontado como o maior atrativo para 53% dos usuários.

“O esforço para atrair mais turistas e fazer que a sua estadia se converta em experiências memoráveis precisa ser compartilhado com todos das esferas pública e privada. É um somatório”, afirmou o consultor da Presidência da Fecomércio RJ, Otavio Leite.

O público foi dividido quase igualmente entre brasileiros (49,6%) e estrangeiros (50,4%), com destaque para visitantes de São Paulo (29,4%), Minas Gerais (16,3%) e Distrito Federal (10,1%) entre os nacionais, e de Argentina (28,7%), Estados Unidos (9,0%), Reino Unido (8,0%), Alemanha (7,8%) e França (7,6%) entre os internacionais.

A pesquisa também revela um impacto direto de R$ 3,4 bilhões em setores como hospedagem, alimentação, transporte e lazer, com crescimento real de 36% em relação a 2024. Considerando os efeitos indiretos e induzidos, a movimentação econômica chegou a R$ 8,8 bilhões, representando alta de 39,7%.

“Acompanhar a evolução dos indicadores turísticos relativos ao sentimento dos visitantes que vieram ao Rio de Janeiro é uma providência estratégica para a adoção de políticas que fortaleçam o destino”, declarou o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior.

O diretor-executivo do IFec RJ, João Gomes, destacou que os dados confirmam uma tendência de crescimento que deve se manter ao longo de 2025 e início de 2026. Segundo ele, quase 20% dos empregos formais criados no estado no último ano vieram do turismo, o que representa cerca de 30% das vagas no setor de serviços.

Apesar do protagonismo da capital, apenas 6,1% dos entrevistados receberam recomendação para visitar outras cidades fluminenses. Ainda assim, 28,4% manifestaram interesse em conhecer o interior, com destaque para Arraial do Cabo (41,2%) e Búzios (36,7%).

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3 COMENTÁRIOS

  1. É muita pilantragem desses que defendem a farra da locação por temporada feitas nessas plataformas tipo Airbnb no Brasil.
    Em várias cidades do mundo já se colocou um freio regulamentando, além de impostos também em muitos locais limitando o número de pessoas e alguns casos até obrigando o proprietário estar junto como anfitrião enquanto durar.

  2. Quem estiver reclamando, aproveite para vender algo, alugar quarto ou imóvel para temporada ou prestar algum serviço.
    Vai ter uma renda extra, com certeza.

  3. O custo benefício é para o turista de locação por temporada e o proprietário. Mas os vizinhos… Só tem a reclamar… da movimentação de estranhos… do barulho… etc

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