Os cariocas, ao menos os leitores do DDR, já devem ter se habituado a discussão Táxi x Uber, já foram vários os posts aqui no site sobre o tema. Eu pessoalmente creio que seria um debate mais específico, “Políticos x População” e é mais ou menos isso que o Uber diz em uma chamada “Carta aberta à Cidade do Rio de Janeiro”.
Na carta que pode ser lida abaixo diz abertamente que os vereadores do Rio de Janeiro caminham em direção oposta ao futuro ao aprovar o Projeto de Lei 122/15 que atinge diretamente o Uber.
Na carta o Uber também pede ao prefeito Eduardo Paes (PMDB) não aprove a lei antes de escutar a sociedade civil. Assino embaixo.
Vale ressaltar que o Uber no último dia 28 de agosto disparou uma newsletter avisando que o serviço continua ativo. A mensagem esclarece que a Uber é completamente legal, por se tratar de uma plataforma inovadora que não possui leis para regulamento de suas atividades, e que não é concorrência desleal, pois os “motoristas parceiros fazem transporte privado e os motoristas de táxi fazem transporte público. Um motorista parceiro paga IPVA anualmente e o IPI na hora da compra, diferentemente de táxi, cujos alvarás são distribuídos gratuitamente pela prefeitura”
Leia a carta aberta:
O Rio de Janeiro passa por um esforço de modernização que levará a cidade anfitriã das Olimpíadas 2016 para o futuro. Mas os vereadores da cidade parecem caminhar em sentido oposto. No dia 25 de agosto, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou o Projeto de Lei 122/15, que com as modificações propostas pelo vereador Jorge Felippe, em essência, impede que a inovação seja aplicada a melhorias na mobilidade urbana do Rio. Agora, é do Prefeito o privilégio de abrir novamente o caminho para a inovação. Tudo isso começa com um gesto simples – ouvir a sociedade.
O Projeto que foi aprovado pelos vereadores (com exceção do vereador Jefferson Moura) privilegia uma categoria, colocando em segundo plano a população. Mais do que o resultado da votação, o modo de operar dos vereadores demonstrou descaso com o processo democrático. Tudo foi aprovado em sete dias, de maneira isolada, ignorando inúmeros pedidos de debate e a vontade da população, demonstrada, por exemplo, em uma petição com mais de 8.5 mil assinaturas.
A aprovação do Projeto, no entanto, serve para mostrar como a participação democrática da sociedade é imprescindível para definir os rumos da cidade. A representação política deve ser feita pensando no bem-estar coletivo ou em nome de interesses determinados? Qual é o Rio de Janeiro que queremos; o dos velhos sistemas ou o das novas soluções? Qual a mensagem que escolhemos mandar ao resto do mundo, que assiste atento os preparativos para as Olimpíadas do ano que vem?
O Projeto depende de decisão do Prefeito Paes. Temos apenas um pedido: para que ele não permita que a tecnologia e a inovação sejam banidas do Rio de Janeiro, como fez a Câmara Municipal, sem antes ouvir a sociedade.
Para acompanhar todas as novidades do debate no Rio de Janeiro e descobrir as formas de participar, acesse: newsroom.uber.com/rio
Junto com a população do Rio de Janeiro, seguimos confiantes no futuro.
Cordialmente,
Uber do Brasil