Uerj promove trabalho pioneiro de contos da Literatura Afro-brasileira

A iniciativa acontece em parceria com a Universidade de Londres (UCL) e a Festa Literária das Periferias (Flup)

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Foto: Divulgação

O Escritório Modelo de Tradução Ana Cristina César, do Instituto de Letras (ILE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) está promovendo um trabalho pioneiro de contos de Literatura Afro-brasileira. A iniciava vem acontecendo desde março deste ano, em parceria com a Universidade de Londres (UCL) e a Festa Literária das Periferias (Flup).

As oficinas de tradução de contos da Literatura Afro-brasileira, encontros on-line reúnem estudantes, tradutores e entusiastas da literatura a fim de discutir a tradução, para o inglês, de contos contemporâneos selecionados. De acordo com Maria Aparecida Andrade Salgueiro, professora do ILE e coordenadora geral do Escritório, a atividade é de grande relevância para a divulgação da Literatura Brasileira no exterior, em especial nos países de língua inglesa, na medida em que reúne três instâncias com visibilidade e porte no campo acadêmico. 

A coordenadora conta, que a parceria aconteceu de forma natural, baseada em laços já existentes previamente.

“Realizei meu pós-doutorado em 2007 e 2008 na UCL. Com a Flup, em sua rica atuação levando literatura e arte às periferias do Rio de Janeiro, venho trabalhando intensamente desde 2014, nas traduções para o anual ‘Rio Slam Poetry Festival’, com a criação de laços e fortalecimento de redes”, relata Salgueiro.

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O foco na Literatura Afro-brasileira acontece como uma forma de reconhecimento para os autores do gênero, tanto os já consagrados quanto os emergentes.

“Trabalho nesse campo de pesquisa, de forma pioneira em minha unidade acadêmica, desde que cheguei à Uerj no final da década de 1980. Muita coisa foi mudando desde então e, ao longo dos anos, o reconhecimento de uma literatura que se fortalece e expressa vozes tantas vezes caladas e apagadas é hoje flagrante e fundamental nos Estudos Literários”, explica a professora.

O trabalho é resultado do grupo de pesquisa Centro de Estudos Interculturais, que faz parte do Escritório Modelo de Tradução. O grupo é composto por um vasto público, que vai desde graduandos até pós-graduados. Segundo Maria Aparecida Salgueiro, existe uma relação de troca fraterna e solidária nos campos acadêmico e interpessoal, traduzida em crescimento e formação de multiplicadores.

Trabalhamos com as literaturas afro-diaspóricas, através de leituras, debates, palestras, constante recepção de pesquisadores estrangeiros, traduções e produção de materiais e autoria de artigos e organização de livros. Com o apoio da ‘Bolsa CNE – Cientista do Nosso Estado / Faperj’, focamos muitas vezes na literatura produzida por autores nascidos ou radicados no Rio de Janeiro, em perfeita consonância com a missão da nossa Universidade”, revela a pesquisadora.

O Escritório Modelo de Tradução completa 22 anos em 2021. Desde sua criação, atua no ensino, na pesquisa, na extensão e na internacionalização. 

As próximas oficinas acontecem nos meses de junho e julho e contam com a participação de grandes autores, como Evandro da Conceição, Juliana Berlim e Natara Ney. A atividade é gratuita e aberta ao público em geral. Os interessados podem se inscrever pelo site.

 

 

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Costa do mar, do Rio, Carioca, da Zona Sul à Oeste, litorânea e pisciana. Como peixe nos meandros da cidade, circulante, aspirante à justiça - advogada, engajada, jornalista aspirante. Do tantã das avenidas, dos blocos de carnaval à força de transformação da política acreditando na informação como salvaguarda de um novo tempo: sonhadora ansiosa por fazer-valer!
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