UFRJ celebra 100 anos com programação virtual

Evento contará com apresentação da orquestra sinfônica e lançamento de documentário; terça-feira será dia de debates acadêmicos

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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está completando 100 anos nesta segunda-feira (07/09). Em comemoração à data, a instituição oferece programação cultural com apresentação da orquestra sinfônica da UFRJ e o lançamento do documentário “Centenária: A Universidade do Brasil entre duas epidemias”.

O evento será transmitido pelo Youtube do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ e terá início às 17h. A abertura será com a apresentação da orquestra, seguida pela cerimônia de celebração às 18h. Às 19h30, é o lançamento do documentário, que relembra alguns dos momentos mais marcantes da história da universidade, criada pouco após a epidemia da gripe espanhola.

Na terça-feira, os centros de pesquisa da UFRJ realizarão debates ao longo de todo o dia sobre temas como ciência e sustentabilidade, ciência e saúde, direitos humanos e o mundo pós pandemia. Haverá também uma homenagem ao sambista Noca da Portela e à presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. Ambos receberão, em data programada, os títulos de doutor honoris causa e professora honoris causa, respectivamente. 

Atualmente, a UFRJ possui 176 cursos de graduação, 130 cursos de mestrados acadêmico e profissional, 94 cursos de doutorado, 1.456 laboratórios, 45 bibliotecas,13 museus e 9 unidades de saúde.
As atividades serão abertas ao público e não é necessário realizar inscrição.

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A universidade mais antiga do país

A primeira universidade do Brasil completa 100 anos de muita história e pesquisa, sendo uma das principais potências científicas no país.

UFRJ UFRJ celebra 100 anos com programação virtual

A UFRJ foi criada pelo presidente Epitácio Pessoa em 1920, ainda sob o efeito devastador da gripe espanhola, contra a qual somou esforços. Agora, ela se torna centenária atuando na linha de frente de outra pandemia, desta vez contra o coronavírus. Com o nome inicial de Universidade do Rio de Janeiro, a instituição surgiu da fusão de três escolas criadas depois da vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808: a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, da área de engenharia, a Faculdade Nacional de Medicina e a Faculdade Nacional de Direito.

A instituição que tem um legado de inovações e produções científicas também é considerada a segunda melhor universidade do Brasil e a terceira da América Latina, tem cinco áreas de estudo entre as 100 melhores do mundo (antropologia, arqueologia, arquitetura/ambiente construído, estudos de desenvolvimento e línguas modernas) e oferece 176 cursos de graduação, sendo 24 cursos noturnos e quatro a distância. A UFRJ conta ainda com 14 prédios tombados como patrimônio histórico, 1.456 laboratórios, 45 bibliotecas, 13 museus e nove unidades de saúde.

Agora, a universidade luta contra uma previsão de corte de R$ 71 milhões em suas contas para o ano que vem e para que se torne cada vez mais diversa. A educação em tempos de pandemia também conta com um grande desafio: o ensino à distância. Cerca de 3,4 mil estudantes receberam um auxílio de R$ 1 mil para comprar um computador e poder acompanhar as aulas.

Outro desafio que vem sendo enfrentado é o processo de reconstrução do Museu Nacional, que pegou fogo em setembro de 2018. A previsão é que as obras recomecem ainda este ano. De acordo com Alexandre Kellner, diretor da instituição, a expectativa é que em 2022 parte do museu seja reaberta.

Durante a pandemia, a UFRJ tem sido responsável por diversos estudos e inovações. Entre as descobertas, está o VexCO, um ventilador pulmonar aprovado nos testes feitos com pacientes internados no Hospital Clementino Fraga Filho. Os ventiladores da UFRJ custam R$ 8,5 mil, enquanto os aparelhos disponíveis no mercado custam cerca de R$ 100 mil.

Outro destaque é o Teste-S UFRJ, um teste sorológico de valor acessível para a detecção de anticorpos para o novo coronavírus. A ideia é que o exame possa ser aplicado em grandes populações, com custo menor do que os testes disponíveis no mercado. Pesquisadores da instituição também trabalharam na pesquisa que mostrou que cavalos desenvolveram um anticorpo neutralizante 20 a 50 vezes mais potente contra o coronavírus. A descoberta será usada na produção de um tratamento sorológico contra a doença.

Ou seja, após 100 anos de história, a UFRJ segue lutando pela educação e desenvolvendo pesquisas que visam evoluções na área de saúde e de tecnologias. Agora, segundo a reitora Denise Pires Carvalho, a UFRJ tem se atualizado e aberto novos cursos, como nas áreas de nanotecnologia, biotecnologia e engenharia matemática com foco na inteligência artificial, mantendo sempre a visão no futuro.

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