Uma em cada três pessoas no Grande Rio que planejam se mudar vai morar de aluguel, diz estudo

O Rio é uma das cidades mais caras para se morar, e especialistas crêem que os altos valores dos imóveis por aqui pode ser a razão do fenômeno

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Apartamento térreo do aristocrático Edifício Lellis tem tantas placas que mal cabem na fachada
Imóvel à venda no Rio de Janeiro, com diversos corretores / Foto: Diário do Rio

Um levantamento feito pela imobiliária digital QuintoAndar e pelo Instituto Datafolha, aponta que um em cada três moradores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro que planejam se mudar nos próximos dois anos pretende alugar um imóvel, e não comprar. O percentual de 32% é o maior entre as regiões metropolitanas de todo o Brasil, fazendo do Rio o local onde as pessoas mais preferem a locação de uma residência, o que pode ser reflexo dos altos preços cobrados pelo aluguel por aqui.

Dados do estudo ainda revelam que valor gasto mensalmente com o aluguel da moradia já corresponde a 34% da renda das famílias – mais do que em São Paulo (25%) e Belo Horizonte, por exemplo. Os moradores pagam, em média, R$ 834 – quase R$ 150 a mais do que a média nacional (R$ 686).O Rio é uma cidade imprensada entre as montanhas e o mar, sem contar o fato de que é justamente nesta região que a maioria quer residir. Além disso, as áreas favelizadas sofrem uma desvalorização que, em contrapartida, acaba valorizando todo o resto. Isto sem contar a valorização astronômica da região oceânica”, explica Lucy Dobbin, superintendente de Vendas de uma das maiores imobiliárias da região metropolitana, a Sergio Castro.

Segundo a pesquisa, o sonho da casa própria ainda é a vontade de 56% dos entrevistados. Cerca de 82% consideravam a compra de uma casa própria e a saída do aluguel como um “sonho”.

Mas, existem algumas pessoas que pensam na casa própria como uma espécie de atraso financeiro, como os irmãos Danilo Alyrio, de 21 anos, e Camila César, de 27. Ambos moraram juntos com os pais há 15 anos em uma casa própria no Jardim Guanabara, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, e os dois decidiram se mudar juntos em maio para um imóvel alugado, em Copacabana, na Zona Sul. Camila, estudante de odontologia, explicou, ao site G1, que os pais comparam a casa em uma época mais estável economicamente, onde se pretendia morar em uma única região por muito tempo. “Foi aquele plano de família de estabelecer estruturas, e uma das estruturas era a casa: comprar e morar”, afirma.

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Danilo vê o novo apartamento como um “momento de transição”. Nem ele nem a Camila pretendem morar juntos por muito tempo e veem a casa como uma oportunidade prática de conhecer o bairro sem um compromisso duradouro.

O Censo QuintoAndar de Moradia realizou 3.186 entrevistas com a população brasileira a partir de 21 anos, nas cinco regiões do país, entre 11 e 21 de outubro de 2021.

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3 COMENTÁRIOS

  1. No Rio você compra um imóvel e está sujeito a uma nova favela, a um bar barulhento ( essa nova moda começou com o Paes) , a uma nova cracolândia,etc.Melhor alugar.

  2. Caro amigo, o problema para mim é a favelização desenfreada no Rio. Além de desvalorizar uma quantidade brutal de imóveis, inclusive de luxo, que se tornaram invendáveis, desestimula as famílias a investirem dinheiro em um bem que tende a desvalorizar. Eu acompanho com tristeza uma comunidade que cresce em direção à minha casa. Ninguém segura esse crescimento estimulado por milici@nos e traficantes.

  3. É soo estado cair de pau para cima dos rentistas que seguram imóveis para locação por temporada e em plataformas tipo AirBnB etc. concorrendo com hotéis e pousadas, bem como aumentando impostos progressivos para aqueles especuladores que compram mais de um imóvel como investimento para deixar vazio, ou coloca como temporada, até a valorização, que terá mais oferta de imóveis e os valores mais justos.

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