A Baía de Guanabara é um dos mais importantes patrimônios ambientais e culturais do Estado do Rio de Janeiro. Cercada por sete municípios, a região enfrenta há décadas um grave processo de poluição, agravado pelo lançamento de esgoto doméstico, resíduos industriais e pelo crescimento urbano desordenado, que compromete a qualidade da água e ameaça a biodiversidade local.
Além de sua relevância ecológica, a Baía teve papel central na história do Brasil. Foi ali que, em 1565, o português Estácio de Sá comandou a expedição que resultou na fundação da cidade do Rio de Janeiro, marcando o início da colonização portuguesa no país. Nos séculos seguintes, a Baía tornou-se uma das principais rotas de chegada de africanos escravizados, transportados para o Brasil entre os séculos XVI e XIX. Já no século XX, foi cenário da construção da Ponte Rio-Niterói, oficialmente chamada Ponte Presidente Costa e Silva, inaugurada em 1974. A obra, uma das maiores da engenharia nacional, revolucionou a mobilidade entre Rio de Janeiro e Niterói.
Paquetá: um refúgio histórico e ambiental
Entre os destinos turísticos da Baía, destaca-se a Ilha de Paquetá, um bairro histórico do Rio de Janeiro. Apesar de sua relevância cultural e ecológica, a ilha frequentemente carece de investimentos públicos.
Na ilha, encontra-se o Parque Natural Municipal Darke de Mattos, uma unidade de conservação de proteção integral essencial para a preservação da avifauna e de espécies nativas. O parque, tombado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, abriga atrações como o Mirante do Morro da Cruz e a Prainha, ambos com vistas privilegiadas da Baía de Guanabara.
Preservação e apoio do setor privado
Em 2023, parte do parque foi adotada pelo Instituto IEVA, por meio do programa Adote.Rio, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima. A iniciativa viabilizou a aprovação de um projeto na Lei Rouanet para a manutenção e revitalização da unidade de conservação, que agora busca patrocinadores.
Empresas interessadas podem apoiar financeiramente o projeto, garantindo a manutenção do parque por 12 meses e viabilizando atividades de educação patrimonial e eventos socioambientais. Além de contribuir para a preservação ambiental, os patrocinadores poderão abater o valor investido no imposto de renda, fortalecendo a associação de suas marcas à proteção do meio ambiente e ao incentivo à cultura.
Para mais informações sobre o projeto e como apoiar essa iniciativa, acesse o site do Instituto IEVA: www.ieva.org.br.