Universitários criam jogos de acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva e visual

Os games foram projetados para que o jogador não sinta diferença por conta da falta de visão ou de audição

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Foto: Divulgação

Acessibilidade no mundo dos games? Agora é real! Estudantes do primeiro período do curso de Jogos Digitais da Universidade Veiga de Almeida (UVA) desenvolveram dois jogos dedicados especialmente para pessoas com deficiências auditiva e visual.

No jogo desenvolvido para deficientes auditivos, o jogador pode aprender uma partitura e reproduzir músicas mesmo sem conseguir ouvir. Já no outro jogo, produzido para os deficientes visuais, o participante vivencia uma experiência divertida e imersiva, contando com recursos auditivos que estimulam a imaginação. As ferramentas utilizadas ampliam as capacidades de localização e lateralização sonora, que são importantes para o aprimoramento da locomoção intuitiva, ajudando, portanto a melhorar as capacidades locomotoras.

O desafio de desenvolver o jogo durante o distanciamento social, por conta da pandemia da covid-19, mostrou-se um componente ainda mais estimulante para  a dedicação e a troca de informações entre os estudantes, uma vez que eles tiveram que trabalhar no desenvolvimento dos jogos de forma conjunta, mesmo à distância. Particularidades das deficiências auditivas, como condutiva, sensório-neural, mista e central, foram levadas em consideração na produção das fases do game. 

O professor de Jogos Digitais, Comunicação e Marketing, Victor Azevedo, aplicou técnicas de desenvolvimento de inovação e de produto de marketing para que os alunos pudessem definir com clareza o público alvo e suas necessidades, buscando pensar em soluções efetivas e criar o projeto do jogo a ser desenvolvido. A partir dos projetos elaborados, a programação necessária para a criação dos games foi executada no laboratório da disciplina Desenvolvimento de Jogos 2D ministrada pelo professor Thiago Gabriel.

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O estudante Igor Leonardo dos Santos, de 24 anos, conta que, além de pesquisa acadêmica, ele também fez exercícios de aprendizagem indicados para surdos, para entender melhor o processo. “Foi maravilhoso e ao mesmo tempo difícil. Para pensar numa mecânica de jogo que pudesse entreter e educar, foi preciso nos colocar no lugar de uma pessoa com deficiência e entender todas as suas dificuldades“, conta.

Já Antonio Carlos Rodrigues da Silva, de 20 anos, se dedicou à pesquisa do universo dos deficientes visuais suas variações, como apenas um olho, cegueira parcial, total e pouca perda de visão. O objetivo era construir um jogo que usasse integralmente o estímulo auditivo. “Durante meu processo de estudo, observei que muitos cegos se sentem tristes ao jogar por não terem a mesma experiência que uma pessoa não deficiente. Nossa prioridade, portanto, era fazer com que ele não sentisse essa diferença“, ressalta. 

A graduação tecnológica em Jogos Digitais habilita o aluno a criar jogos para computador, dispositivos móveis e web. Com uma variedade disciplinas práticas, o estudante começa a criar jogos desde o primeiro período do curso, como é o caso deste projeto. O profissional desta área pode atuar em produtoras de jogos digitais, empresas de marketing, mercados educacional e de comunicação e publicidade, ou ainda, criando produtos proprietários.

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