Apesar de manter os patamares altos, o mercado imobiliário do Rio de Janeiro continua apresentando números abaixo da média se comparado com o desempenho do ano passado. É o que revela o mais recente levantamento, a respeito da movimentação do setor no mês de maio, realizado pela HomeHub, a primeira imobiliária figital (físico e digital) do Brasil. A pesquisa foi realizada com base nos dados oficiais de arrecadação de Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) da Prefeitura do Rio.
De acordo com o relatório, a quantidade de imóveis residenciais vendidos cresceu 14% em relação a abril, mas caiu 15% em relação a maio de 2021. Também houve uma queda no período de janeiro a maio, ficando 11% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado em unidades vendidas. O VGV (valor geral de vendas) estimado no período foi de cerca de R$ 11 bi, uma queda de 13% em relação aos R$ 12,7 bi registrados no mesmo período de 2021.
Ao analisar as regiões da cidade separadamente, todas tiveram alta em relação a abril, mas só a Zona Sul teve uma pequena alta em relação a maio de 2021. Enquanto a região registrou um crescimento de 2% em comparação com o ano passado, houve uma queda de 26% na Zona Oeste e de 14% na Zona Norte.
Ainda assim, todas as regiões seguiram com patamares elevados para os últimos anos. A Zona Norte e a Zona Sul até apresentam uma estabilidade de vendas, apesar da Zona Oeste ainda ter se estabilizado. Dentre os bairros que se destacaram estão: Flamengo, Méier, Copacabana, Leme e Botafogo, já o destaque de queda foi o Grajaú.
Para Lucy Dobbin, superintedente de vendas da Sergio Castro Imóveis ,o levantamento da HomeHub, reflete principalmente o resultado do mercado de imóveis de lançamentos, isto é, de imóveis em construção.
“A alta inflação do custo da construção gerou impacto e consequente queda na demanda e número de unidades vendidas neste segmento de lançamento e médio e alto padrão. Se entretanto nos prendermos a imóveis de terceiros, ou seja, imóveis que não são lançamentos , não tivemos retração na procura e na concretização de negócios . Diria até que o ano de 2022, em especial o mês de maio, para nossa imobiliária, Sergio Castro Imóveis, foi muito bom, com junho prometendo a continuidade de bons negócios , com bastante procura para alto padrão e com pagamento à vista. Talvez a alta dos juros dos financiamentos bancários e a inflação que estamos enfrentando no mundo todo, tenha retraído a procura por parte dos compradores que dependem de financiamento para adquirir seu imóvel, mas ainda assim, não abalou nosso mercado“, avalia a especialista.