Vendida em julho por de R$ 220 milhões, a mansão mais cara do Brasil, localizada na Jardim Pernambuco, área nobilíssima do Leblon, será derrubada pela sua compradora, a construtora Mozak. Na área de 11 mil m² ocupada pela residência em estilo inglês, a empresa vai construir um condomínio fechado de altíssimo padrão. A casa pertencia à família Amaral, proprietária do Supermercado Disco e foi vendida pela Sérgio Castro Imóveis Ouro, divisão voltada para o mercado de luxo no Rio de Janeiro.
O Jardim Pernambuco é um bolsão de riqueza, localizado no coração da Zona Sul carioca. O local conta com segurança 24h, monitoramento, mata nativa e uma belíssima vista do Rio de Janeiro. No lugar da elegante mansão, a Mozak vai erguer o condomínio Estância Pernambuco, empreendimento composto por até oito mansões. À frente do projeto está Thiago Bernardes, arquiteto responsável pelas obras do Museu de Arte Moderna do Rio (MAM), e das ampliações dos institutos Moreira Salles e Burle Marx.
O projeto da Mozak prevê que casa tenha personalidade própria, mesmo sob o conceito de Bernardes. A expectativa é de que em 2027, a Estância Pernambuco receba os seus primeiros e seletíssimos moradores.
Segundo o Correio Braziliense, até o momento nenhum lote foi comercializado. Mas a construtora está em negociações com empresários e profissionais do mercado financeiro, sob o mais absoluto sigilo. O valor inicial dos terrenos é de R$ 19,5 milhões.
Em 2019, o DIÁRIO DO RIO deu um furo sobre a venda da casa. Na época, a matéria teve repercussão em importantes veículos de comunicação. Pelo altíssimo valor, houve quem zombasse do preço de venda, ignorando que qualquer imóvel no Jardim Pernambuco não é vendido por menos de R$ 20 milhões.
A venda, ou ‘listing”, como se fala no mercado imobiliário, estava a cargo do corretor Paulo Cézar Ximenes, Diretor da Sergio Castro Ouro, uma divisão de alto luxo dentro da imobiliária conhecida pela venda de grandes edifícios, áreas comerciais e hotéis. A compra do imóvel inicialmente anunciada por R$ 220 milhões, certamente foi a mais elevada já realizada pela Mozak Engenharia, embora o valor real da venda não tenha sido revelado pela construtora. A empesa é uma das mais tradicionais da região de Ipanema e Leblon, al´wm de ser conhecida e reconhecida por realizar negócios quase impossíveis. Sobre o fechamento do negócio, Isaac Elehep, presidente da empresa, observou: “O Leblon está voltando a ser o Leblon”.
A casa foi construída pela família Amaral, em 1986, e ocupa um terreno do tamanho de um quarteirão: 11 mil metros quadrados. O imóvel tem 2,5 mil metros quadrados de área construída, contando com seis suítes, 18 banheiros e 15 vagas de garagem, biblioteca, salas de estar, jantar, música e reunião, além de área de lazer com piscina semiolímpica e sauna e churrasqueira. O local também é equipado com heliponto particular. Os jardins levam a assinatura do pasaigista Burle Marx.
Em termos de adensamento urbano não vai ter muito impacto. Um condomínio fechado que fica no Alto Leblon isolado do resto da comunidade da zona sul carioca. Foi-se o tempo das vacas magras que artistas globais e músicos moravam ou transitavam no Condomínio Jornalista bem ao lado da Cruzada de São Sebastião, como Tim Maia, Raul Seixas, Gal Costa, Maria Alcina, o cantor Fábio (Estelaaaa) e etc.
Enfim… As construções civis fizeram e fazem os seus planos urbanísticos de uma cidade. Mas ninguém conseguirá fugir da violência urbana. É só sair da sua bolha.
Só trouxa para morar no Rio de Janeiro. Ainda mais tendo dinheiro…
Trouxa? Vai morar onde? São Paulo? Brasília? Ryco de verdade mora em lugar bom, amigo. A verdade é que essa parte nobre do Rio é a mais foda do país. Você queira ou não.
Mesmo sendo multimilionário eu não moraria no Brasil e muito menos do berço da violência e bandidagem que é o RJ.
Iria morar onde tivesse segurança tranquilidade qualidade de vida. Onde pudesse sair com meu Rolex sem medo de ser roubado e morto!
É um desperdiçar destruir essa casa. Só precisa reformar a cozinha. Desperdício! Um crime arquitetônico!
É uma pena que um imóvel tão bonito e elegante seja demolido em prol da modernidade cuja beleza fica muito a desejar.
Mais outro condomínio vertical será erguido por esse mercado imobiliário carniceiro.
Esses 220 milhões de reais seriam muito úteis na restauração de outros prédios históricos da cidade, mantendo o patrimônio arquitetônico e seu charme. Entretanto, eles preferem usá-los para pôr abaixo uma bonita construção em estilo clássico e substitui-la por vários caixotes sem graça de concreto e vidro. E tudo em nome de um lucro indecente. Eis um exemplo bem acabado do que move nossa classe empresarial. É triste e desanimador.
Um dos seletíssimos moradores sou eu, HERON ANDRADE.