A Comissão de Ética da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu uma denúncia formal do vereador carioca Marcos Dias Pereira (Podemos-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, contra o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, e o vice-presidente eleito, Ricardo Lima.
Na representação, Marcos Dias acusa os dirigentes de praticar assédio moral sistemático contra funcionários da confederação, incluindo humilhações públicas, cobranças excessivas, vigilância abusiva, “demissões silenciosas” e episódios de tortura psicológica, especialmente direcionados a mulheres que ocupam cargos subordinados à presidência. Segundo o parlamentar, os relatos recebidos incluem documentos e depoimentos que apontam uma conduta reiterada e incompatível com os princípios do Código de Ética do Futebol Brasileiro e do Estatuto da CBF.
Além das acusações de assédio, o vereador afirma que Ednaldo Rodrigues desrespeitou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público do Trabalho, criado para coibir práticas abusivas no ambiente corporativo da CBF. O documento também sustenta que Rodrigues violou normas legais e estatutárias ao assinar um Termo de Acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro sem autorização da Assembleia Geral da entidade. Esse acordo, firmado após decisão judicial que anulou sua eleição, permitiu sua recondução ao cargo e antecipou as eleições da CBF para março de 2025.
Outros pontos levantados na denúncia incluem interferência direta no funcionamento da Comissão de Ética, limitação do trabalho do Conselho Fiscal, ocultação de informações contábeis e possível conflito de interesses envolvendo a contratação de uma empresa presidida por sua enteada. O vereador também menciona a nomeação de pessoas sem respaldo estatutário e a suposta obstrução de auditorias internas e independentes.
O documento foi encaminhado ao presidente da Comissão de Ética, Dr. Carlos Renato de Azevedo Ferreira, com pedido de instauração de processo disciplinar em caráter de urgência e sigilo. A Comissão agora avaliará se dará prosseguimento à apuração e à adoção das medidas cautelares solicitadas.
Esse vereador não tem algo mais útil a fazer para o cidadão carioca? Passa na câmara municipal vereador!