O vereador Felipe Pires (PT) anunciou a criação da Frente Parlamentar em Defesa do Carnaval Carioca, um espaço voltado ao acompanhamento da distribuição de recursos e à definição de critérios mais justos para sua aplicação, além do fortalecimento das políticas públicas para a maior festa popular do país.
A iniciativa busca garantir um diálogo direto entre o poder público, as escolas de samba, os blocos e toda a cadeia produtiva do Carnaval, promovendo decisões mais democráticas e transparentes. “A economia do Rio de Janeiro gira com o Carnaval. Assim que um desfile termina, o trabalho para o próximo já começa. Precisamos planejar com responsabilidade e garantir a valorização daqueles que constroem essa festa”, destacou Felipe Pires.
Além da Frente Parlamentar, o vereador também propôs um Projeto de Lei para a criação da Escola Municipal do Carnaval, com o objetivo de qualificar e reconhecer os profissionais que trabalham no evento. “Com a capacitação desses trabalhadores, ampliamos suas oportunidades antes, durante e depois do evento”, explicou.
Outro ponto defendido pelo vereador é a acessibilidade do Carnaval para o público. Ele apresentou um Projeto de Lei que garante aos foliões o direito de levar alimentos e bebidas para eventos patrocinados pela Prefeitura, criticando restrições impostas na última edição da festa. “O Rio de Janeiro é do povo, e o Carnaval também! Não podemos permitir barreiras econômicas que impeçam a participação de todos”, afirmou.
Justiça para a Unidos de Padre Miguel
Durante o anúncio da Frente Parlamentar, Felipe Pires também se manifestou contra o rebaixamento da Unidos de Padre Miguel, escola de samba da Zona Oeste, que, segundo ele, sofreu uma injustiça ao ser penalizada pelo uso de termos em iorubá no samba-enredo.
“Vi de perto o amor, a dedicação e a excelência dos profissionais da Unidos de Padre Miguel. Como uma escola que exalta a cultura e a religiosidade de matriz africana pode ser punida justamente por isso? Não faz sentido!”, criticou o vereador.
Felipe Pires defende mais transparência na escolha dos jurados e um acompanhamento mais rigoroso por parte do poder público, para evitar que casos como esse se repitam.