Vídeo de Cabral em piscina gera polêmica e críticas de ONG

Ex-governador condenado por corrupção é acusado de "rir da cara da justiça".

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Reprodução Instagram

Um vídeo publicado pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, em seu perfil nas redes sociais gerou polêmica e críticas. Nas imagens, Cabral aparece de óculos escuros, relaxando em uma piscina com vista para o Pão de Açúcar, enquanto sugere filmes para seus seguidores.

A ONG Transparência Internacional Brasil classificou o vídeo como “um símbolo da impunidade brasileira para o mundo”. Em nota, a organização afirmou que Cabral “ri na cara da Justiça e do povo brasileiro” ao ostentar “o que o Estado não foi capaz de recuperar do que roubou”.

O juiz Marcelo Bretas, responsável pela maioria das condenações do ex-governador na Operação Lava Jato, comentou a publicação da Transparência Internacional com um lacônico “Pois é…”. Bretas está atualmente afastado de suas funções.

Cabral foi condenado a mais de 400 anos de prisão por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele deixou a prisão em 2022, após seis anos de detenção preventiva, e desde então tem se dedicado a produzir conteúdo para as redes sociais.

A Transparência Internacional lembrou que os crimes cometidos por Cabral causaram “mortes, imenso sofrimento humano, atraso e pobreza”, e que cerca de R$ 1 bilhão foram desviados dos cofres públicos.

O ex-procurador Deltan Dallagnol, que atuou em um dos processos contra Cabral, também criticou o vídeo. Dallagnol afirmou que o ex-governador está “livre, leve e solto, agora como blogueiro”, e que o Supremo Tribunal Federal (STF) vem gradativamente anulando suas condenações.

Cabral já manifestou o desejo de se candidatar a deputado federal em 2026, mas ainda está enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

Com informações da Folha de São Paulo.

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9 COMENTÁRIOS

  1. Assim vocês me obrigam a concordar com o Sérgio Cabral. O cara não é mais humano? Não pode falar de filmes? Que que há…
    Transparência Internacional, Bretas, Dallagnol… Quem é incauto que os compre.

  2. Quando foi feita a música “Sobradinho” o sertão viraria mar, mas o mar poderia também virar sertão. Hoje poderíamos comparar a letra com o que simboliza essa turma liberada do STF e outros.

    O errado se tornou o certo e o certo se tornou o errado. Tem vida mais barata?

  3. O ex-governador Sérgio Cabral foi condenado a penas que somam mais de 300 anos de cadeia, ficou preso por seis num batalhão prisional e não houve a devolução de nenhum centavo desviado pelo esquema de corrupçaõ. Valeu a pena e agora ele voltou a curtir a vida e debochar da nossa cara. E ainda afirma que vai ser candidato a deputado federal se a Justiça permitir, e é bem capaz de ser eleito.

  4. Estamos em momento tão ímpar, que notícias referente a este nível de criatura humana, parafraseando o não menos canalha Roberto Jefferson, “despertam minhas reações mais primitivas.”
    Resta a parcela da população indignada e inteligente, mas não menos responsável por tudo o que ocorre, o enfrentamento dessa realidade, confiantes que não há mal que perdure eternamente e aliado ao único recurso eficiente, o voto, mesmo em um país que mantém apenas resquícios de democracia.

  5. Essa Ong é muito cara de pau. O Lula era uma espécie de patrão do Cabral, o PT nomeava secretários. Cabral é fichinha perto do Lula. Esse fato do Lula ter morado numa mansão em São Paulo, com as despesas pagas pelo fundo partidário do PT deveria ser crime, é um marajá.

  6. Cabral deveria ficar na moita. Essa ostentação deve ser marketing de que faz algum negócio nada republicano e seus inimigos veem que se falarem mto, ele revela. Incluindo os arautos da legalidade aí (Bretas e Dallagnol). Cabral não fez o que fez sozinho…

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