Vídeo: Fiscal do TRE armado com pistola ameaça membros de candidatura coletiva em Anchieta

Caso ocorreu na Zona Norte do Rio, na manhã deste sábado (31/10)

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Fiscal do TRE armado com pistola ameaça candidatos a vereador do Rio (Foto: Reprodução Facebook)

Um homem armado com uma pistola, que se identificou verbalmente como fiscal do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ameaçou componentes da candidatura coletiva a vereador do Rio, A Liga (PSB), na manhã deste sábado (31/10), em Anchieta, na Zona Norte do Rio.

Segundo relato de Pedro do Livro, o representante oficial da candidatura coletiva, o grupo fazia sua campanha em Anchieta, como tradicionalmente ocorre todos os sábados, quando foram hostilizados e ameaçados por uma carreata de eleitores do prefeito Marcelo Crivella.

Cerca de cinco minutos depois, fiscais do TRE, que segundo os integrantes da Liga, não apresentaram qualquer tipo de identificação, tentaram apreender o material de campanha do grupo. Entre eles, equipamento de som e um boneco que faz uma sátira ao prefeito Crivella, chamado de Crivelleco.

De acordo com Rodrigo Rubinato, que também compõe a chapa, os fiscais do TRE, alegaram ter um mandado de busca e apreensão expedido por uma juíza do órgão, mas o documento não foi apresentado em nenhum momento.

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Diante da resistência por parte dos membros da candidatura coletiva de entregar os pertences de campanha, uma enorme confusão se formou, até que um dos funcionários do TRE sacou uma pistola e, aos berros, se identificou como terceiro sargento da polícia militar (Veja publicação abaixo).

O fiscal apontou a arma de fogo em público contra nosso grupo quando questionamos a abordagem de apreensão do material, colocando em risco inúmeros pedestres que estavam pelo local, incluindo idosos e crianças“, diz uma postagem feita por Rodrigo Rubinato no Facebook, que completou.

Sequestraram o boneco e nosso equipamento de som sem qualquer justificativa legal apresentada e só reforçaram as práticas autoritárias e antidemocráticas já vistas e defendidas por parte de alguns de nossos governantes. A Liga não irá se calar e reafirma que a política precisa ser feita de forma democrática, participativa e com respeito ao povo“.

Segundo os candidatos, a candidatura já vinha sofrendo ameaças por conta de sua campanha de oposição ao atual governo municipal. Eles contam que foram intimidados por um grupo de evangélicos na semana passada, também em Anchieta, quando se preparavam para fazer sua campanha.

Além disso, afirmam que o TRE censurou o nome da candidatura, inicialmente chamada de: A Liga – Candidatura Coletiva – indeferindo o nome do grupo, que entrou com um embargo, e, posteriormente, foram informados que só poderiam concorrer sob o nome de Pedro da Liga, nome do representante oficial.

A gente está com medo de mais retaliações e queremos tornar esse episódio público justamente para evitar isso

O DIÁRIO DO RIO ligou para a assessoria de imprensa do TRE, mas até a publicação desta matéria, não obteve retorno.

A prefeitura diz que “lamenta e abomina qualquer tipo de violência, e que desconhece a ocorrência de violência no dia de hoje

Veja a íntegra do posicionamento do Município:

Lamentamos e abominamos todo e qualquer tipo de violência.
Lembramos ainda, que nossa gestão sempre foi pautada em cuidar das pessoas, por tanto mais um motivo para manifestarmos contra violência.
Desta forma, desconhecemos qualquer ocorrência de violência no dia de hoje
“.

A Liga foi entrevista pelo DIÁRIO DO RIO na série de entrevistas com os candidatos a vereador do Rio em 2020

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3 COMENTÁRIOS

  1. Mas se realmente forem do TRE… Infelizmente órgãos públicos Tribunais e Ministérios Públicos tem seus membros (como gostam de serem chamados ao invés de servidores) oriundos de classe e famílias mais privilegiadas, que fizeram cursos preparatórios em Escola de Magistratura com tranquilidade e no conforto, com muito raras exceções. São bem conservadores com poucas exceções.
    Também esses órgãos estão cheios de militares cedidos.
    Tem-se, portanto, instrumento estatal operado pelas elites em favor das elites políticas e empresariais, enquanto com que a classe trabalhadora e pobre só conhece abuso, violência e a truculência operados por agentes das forças públicas sob comando daquelas.

  2. O suposto fiscal do TRE que sacou a arma se identificou (verbalmente) como sargento.
    Nenhum dos supostos fiscais portava identificação – algo essencial em se tratando de agente público.
    O Crivella tem apoio do Bolsonaro, logo, simpatia da milícia também.
    De tudo, conclui-se que, tendo, antes, passado a carreata de apoiadores de Crivella, os supostos agentes, na verdade, são a serviço dele e milicianos.

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