Violência cresce no Rio: roubos de carros sobem 43% e homicídios aumentam 23%

O Rio de Janeiro registrou aumento de 43% nos roubos de veículos e 49% nos roubos de cargas em janeiro de 2025, segundo o ISP. Homicídios também cresceram 23%.

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O estado do Rio de Janeiro teve um aumento significativo nos índices de violência em janeiro de 2025, especialmente nos roubos de veículos e cargas, segundo levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgado nesta quinta-feira (27). Com informações de Lucas Luciano/Tempo Real.

Os roubos de veículos cresceram 43%, totalizando 2.663 ocorrências no primeiro mês do ano. Já os roubos de cargas aumentaram 49%, com 1.134 registros.

Homicídios aumentam 23%

Além dos crimes patrimoniais, o ISP registrou um crescimento nos homicídios dolosos, que subiram 23%, chegando a 312 vítimas em janeiro. O número representa uma média de 10 mortes por dia no estado.

As mortes em confronto com a polícia também tiveram alta, com 68 vítimas, um aumento de 13% em relação ao mesmo período de 2024.

Apreensão recorde de fuzis

Apesar do aumento na criminalidade, o estado registrou um recorde na apreensão de armas de fogo. Em janeiro, 96 fuzis foram retirados de circulação, um aumento de 55% em comparação com janeiro de 2024. Esse foi o maior número de apreensões para um único mês desde o início da série histórica, em 2007.

Além disso, o mês teve 3.572 prisões em flagrante (+4,2%), 2.117 apreensões de drogas (+10,5%) e 927 mandados de prisão cumpridos.

“A produtividade policial em janeiro evidencia o compromisso das forças de segurança do estado em combater a criminalidade. Os números históricos alcançados são resultado de ações estratégicas e integradas, que demonstram o árduo trabalho das polícias Civil e Militar no enfrentamento à criminalidade organizada”, destacou a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz.

Castro cobra ação do governo federal

O governador Cláudio Castro (PL) comentou os dados e reforçou a necessidade de apoio federal no combate ao tráfico de armas.

“Continuamos batendo recordes na apreensão dessas armas de guerra. E também continuo a afirmar ser necessário que o governo federal faça a sua parte, impedindo que esse armamento tão letal entre pelas nossas fronteiras. O Rio de Janeiro não produz armas, então é muito importante essa ação por parte do governo federal”, afirmou.

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4 COMENTÁRIOS

    • Ah, claro. Era maravilha o Rio de Brizola, Nilo Batista, Garotinho/Rosinha/Benedita e Cabral, todos esses de espectro político social progressista e em seus mandatos como governador, alguns mais de duas vezes (Brizola e Cabral) de partidos que até formavam a base de governo federal.
      No estado, governos pouco mais de direita apenas o Witzel/Castro.

      E por falar de governo federal, de FHC à Dilma, e mesmo o Temer (vice da chapa que assumiu), logo, também aqui muito tempo o espectro social progressista.

      A legislação penal cuja competência exclusiva é federal, o que houve nas últimas décadas foram políticas de despenalização e desencarceramento. As penas andaram para tras – com exceção para crimes contra as mulheres e racismo que teve um pequeno endurecimento (embora desproporcionalmente, agora mais fácil prender racista que ladrão). Já os juízes com suas manias de pena mínima. A polícia prende e justiça solta pra responder em liberdade, enquanto comete outros crimes… Então, resumo da opera, as ruas do Rio são da bandidagem.

        • A interpretação dos dados da criminalidade deve levar em conta as mudanças na sociedade. Em outros tempos, não existia nem Internet, muito menos a expansão das organizações criminosas ao nível de ocupação de extensas áreas.
          Na década de 90 eram muitos os sequestros e roubos. Nos anos 2000, novas modalidades surgiram na criminalidade patrimonial. Exemplo é a saidinha de banco. Já as facções e milícias surgida nos anos 80 e 90 entram em disputa entre si pelos domínios, mercado da droga e mais recentemente também em outras atividades.
          No regime militar, sim, que era bom. No máximo alguns crimes de grupos de vagabundos comunistas.
          Contra a criminalidade tem que ser tolerância zero e punitivismo máximo.

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