Já virou rotina, mas não custa noticiar novamente. Pelo terceiro dia seguido, passageiros enfrentaram problemas para conseguir embarcar nos trens da SuperVia. Assim como na segunda (30/08) e na terça (31/08), na manhã desta quarta-feira (01/09), o ramal Japeri foi novamente afetado por atrasos em sua operação, com demora de aproximadamente 20 minutos entre uma composição e outra.
Somente às 09h a situação foi normalizada. Já as partidas especiais, com origem e destino final em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense foram suspensas pela concessionária.
Vale ressaltar que, na noite de terça, no horário de pico do retorno da população para casa após o trabalho, um furto de cabos provocou a suspensão da circulação no ramal Japeri e também na extensão Paracambi, por aproximadamente 3 horas.
Menos seguranças
Por conta de uma dívida de cerca de R$ 1,2 bilhão, a SuperVia precisou reduzir em 30% seu quadro de funcionários. Com isso, atualmente são apenas 137 agentes de segurança na companhia, o que representa em média apenas 1 trabalhador por estação.
Se ainda a empresa tivesse paz para trabalhar… as críticas teriam mérito. Mas não: a empresa sofre com Recuperação Judicial, bloqueio do reajuste por parte da agência, roubo de cabos e assaltos às equipes de manutenção. Como é possível então se manter 100%? Na verdade, a Supervia opera não um sistema de trens: ela opera milagres.
Quem se lembra do serviço da CBTU, a Flumintrens e a Central – hoje vê a Supervia como um trem suíço.