Wagner Victer: A Leniência da Fundação Parques e Jardins com as árvores da Ilha do Governador

Colunista do DIÁRIO DO RIO fala sobre o descaso das autoridades com as árvores da Ilha do Governador

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Em 20 de novembro do ano passado, portanto, há praticamente 90 dias, 3 jovens estudantes de Engenharia da Escola Politécnica da UFRJ, Francisco Victer, Yan Monteiro e Severino Virgínio, que compõem um grupo de Voluntariado voltado a melhorias de infraestrutura no bairro onde vivem, que é o “Engenhando a Cidade”, mandaram uma correspondência, por email, ao Presidente da Fundação Parques e Jardins alertando para infestação de pragas, formigueiros e cupins em árvores na região do Corredor Esportivo do Moneró na Ilha do Governador (veja abaixo).

A preocupação, que a rigor deveria ser considerada um exercício de cidadania e até uma contribuição importante como feedback na melhoria da Fundação Parques e Jardins, foi solenemente ignorada. Como fui copiado, tive a oportunidade de enviar e reiterar, inclusive por WhatsApp, e nada foi feito em relação ao tema. Ou seja, conceitualmente é fundamental plantar árvores, mas também é fundamental preservar as já existentes, muitas até com décadas de existência.

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Formigueiros e cupins em árvores da Ilha do Governador (Foto: Divulgação)

Já havia identificado essa leniência recorrente com a Ilha do Governador em diversas outras situações. Talvez a mais emblemática é a questão do abandono e a infestação de pragas nas Palmeiras Imperiais da Praia da Bica e ruas adjacentes, como Uçá, que aliás, foram tombadas por Lei Municipal na gestão do Prefeito Eduardo Paes como Patrimônio Imaterial. Neste caso, a resposta dada não só por eles, mas também pela Subprefeitura da Ilha do Governador, foi a de que haviam avaliado o tema e que estariam adotando soluções, como se os cupins fossem tirar férias e a degradação não continuasse: o problema lá ainda perdura diante desse gerúndio prometido.

É lamentável uma postura como essa da Fundacao Parques e Jardins, pois o mínimo que se busca numa sociedade, é que as contribuições de cidadania tenham pelo menos o respeito, o retorno e uma ação que aliás muitas vezes consigo de outros órgãos da Prefeitura, como, por exemplo, a Rio Luz.

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Formigueiros e cupins em árvores da Ilha do Governador (Foto: Divulgação)

Cuidar do meio ambiente é um exercício diário e portanto negar respostas é renunciar ao incentivo e respeito para aqueles que se preocupam esperando minimamente ações e respostas concretas, e principalmente é uma expectativa que temos quando atuamos para buscar a melhoria contínua!

Não alcançaremos os objetivos de credibilidade da Conferência Rio+30 se eles estiverem somente estruturados em palestras e seminários, e não forem legitimadas através de ações concretas do dia a dia.

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Documento enviado pel grupo “Engenhando a Cidade” a Fundação Parques e Jardins

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3 COMENTÁRIOS

  1. Sou presidente de associação em Quintino. Durante CINCO ANOS, tentamos contato com a Fundação Parques e Jardins para realizar o plantio de árvores aqui no bairro. CINCO ANOS. Começamos a plantar por conta própria nas golas vazias, mas precisávemos da ajuda da FPJ para abrir mais golas. Somente quando o Fabiano Carnevale assumiu, é que tivemos nosso pedido atendido pela FPJ, em 4 meses, desde a visita técnica, até o plantio ser efetuado. O que são 4 meses pra quem esperou CINCO ANOS nas gestões anteriores?

    Plantamos cerca de 70 árvores ano passado, e vamos plantar mais agora do outro lado da linha do trem.

    Eu nunca vi a FPJ trabalhar tão bem como na gestão do Fabiano, com quem falei pessoalmente umas duas ou três vezes, não possuo qualquer vínculo pessoal, profissional ou político com ele, portanto não estou fazendo média, apenas dando o justo reconhecimento.

    De fato, falta realmente ter um plano de combate aos cupins sim, é uma falha que nós das associações e coletivos de plantio já apontamos para os gestores e nos foi prometido que seria resolvido neste ano de 2022. Conversando com os técnicos da Fundação, eles disseram que faltava realmente pessoal próprio ou empresa terceirizada contratada para realizar esse serviço. O colunista, como ex-gestor público, sabe bem que não se resolve esse tipo de coisa de um dia pro outro. Ainda mais levando em conta que o Fabiano assumiu há APENAS UM ANO E DOIS MESES e já fez coisa pra caramba.

    Aqui em Quintino, antes do Fabiano assumir, nós mesmos utilizávamos GYMO CUPIM e, quando não era suficiente, contratávamos um técnico para remover os cupins, ele me cobrou 130 por árvore, o que é pesado pra quem como eu recebe cerca de um salário por mês, mas sai na urina pra quem já foi secretário de estado. Próxima quinta mesmo marquei com o cara, dei uma chorada porque já ficamos até amigos, e ele fechou de fazer duas árvores por esse valor.

    Sei que o dever do Estado não deve ser repassado aos cidadãos, mas quem dera na época da gestão do colunista na CEDAE ou na Secretaria de Educação, as coisas fossem diferentes, e os problema apontados por email fossem resolvidos em 90 dias. É impressionante como as pessoas são tão melhores para apontar os defeitos dos outros do que os seus próprios!!

    Onde estava o senhor Wagner Victer nas gestões dos presidentes anteriores?

    A propósito, vale a oportunidade para cobrar, agora sim uma crítica que faço, à PATRULHA AMBIENTAL, pois todos os chamados que faço pelo 1746 contra VANDALISMOS EM ÁRVORES terminam com a Patrulha retornando com a mesma resposta padrão de que estiveram no local e não foi possível identificar o autor. Mesmo quando eu dou o nome e o endereço do autor, a patrulha não bate na casa do cidadão para ao menos dizer “foi o senhor que fez isso? Aiaiai, não faça mais, nós estamos de olho, na próxima vai ter multa hein!”, só isso já daria uma sensação de que tem alguém de olho e o cara pensaria duas vezes antes de agredir a natureza de novo. Mas nem isso.

    Só que a PATRULHA AMBIENTAL não é da competência da FPJ, logo, ao criticá-la, não tem como atingir o presidente que, se não é perfeito, ao menos está plantando árvores, coisas que os anteriores também não faziam, além de também não descupinizarem, e o WV nunca vi tecer uma palavra a respeito.

    • Vale você procurar saber na área do plantio de árvores o que fiz a frente da Cedae.foram 6 viveiros de mudas aliás com mais de um milhão de mudas plantadas. Em quintino no campus da Faetec que também presidi foram 500- Digite no Google . Aliás como pessoa física tenho programas de voluntariado. Respeito sua opinião em querer fazer sua média com a. Fpj mas acho péssimo e omisso. Wagner Victer

  2. Se quiserem mais fatos sobre descasos com a segurança pública em relação a árvores podres, é só ir no Condomínio Santos Dumont (Portuguesa) na Ilha do Governador. Lá há constantes quedas de galhos, colocando em risco a vida das pessoas, inclusive danificando os imóveis dos moradores. Vai ser preciso acontecer desgraça para haver a lamentação posteriormente.

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