Walter Leiras: Se o metrô fosse nosso

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Imagem meramente ilustrativa de composição do MetrôRio em Botafogo - Foto: Reprodução

O Estado do Rio de Janeiro tem um grande problema de mobilidade. Hoje, seja para um
morador da periferia, seja da capital, São Gonçalo ou da Baixada, se este precisar se
deslocar para trabalhar, estudar ou para o lazer, vai ter grandes dificuldades, seja pela falta
de transportes ou pelos altos preços.

Claro que o ideal seria que os serviços fossem mais próximos, o morador mosasse mais
perto do seu trabalho e tivesse mais opções de convivência. Mas, sabendo e vendo que o
Rio parou no tempo, temos que avançar minimamente em questões estruturais, já que não
é cabível e aceitável um trabalhador que acorda cedo ser tratado como uma sardinha dentro
do transporte público, independente se ele pega ônibus, trem, metrô e barcas.
Mas por que o metrô no Rio nunca avançou como deveria? A resposta é simples: falta de
interesse e corrupção.

Tradicionalmente, os governadores do Estado do Rio nunca fazem investimento a longo
prazo, sempre focando em projetos políticos eleitorais que terminam em 4 anos ou menos,
e quando estes são iniciados, se forem terminados dentro do orçamento e/ou no prazo, já é
um milagre. A estação de metrô na Gávea é um dos exemplos do descaso do governo
estadual, as obras já custaram quase 10 bilhões de reais, sendo 3,7 bilhões destes
superfaturados, e que permanece fechada desde 2015, causando um grande problema para
todos os moradores da região com rachaduras nos apartamentos e riscos de desabamentos
que já fazem parte do cotidiano deles.

Esses projetos inacabados, que tinham apenas o interesse de desvio de verba pública,
tornam sonhar com uma estação de metrô em Duque de Caxias, Campo Grande ou até
mesmo em São Gonçalo uma realidade até mesmo utópica, já que para começar a sonhar
com o futuro temos que minimamente resolver os problemas do presente.

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O metrô não é apenas um meio de transporte: ele leva desenvolvimento, integra bairros e
até mesmo cidades e ainda proporciona oportunidades de trabalho e lazer à população de
forma mais ostensiva. Não podemos achar natural um pai de família não conseguir ver os
filhos com frequência por conta do trânsito ou um jovem desistir de estudar em uma
universidade por conta da distância e da falta de transporte; temos, minimamente, que
resolver os problemas que temos hoje, o quanto antes.

Levar o metrô até a Alvorada, terminar as obras inacabadas, colocar o metrô para funcionar
24 horas e principalmente, abaixar a tarifa são ações que têm que ser resolvidas no menor
prazo possível.

Para sair da vanguarda do atraso, temos que minimamente colocar o Rio nos trilhos. Para sair da vanguarda do atraso, temos que colocar o Rio nos trilhos. Em todos os sentidos.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Sou contra qualquer iniciativa de esticar estações nos já existente ou que despejem mais passageiros na malha. Ou constrói uma linha nova ou não constrói.

    • O Walter aí que escreveu o texto da matéria fala em metrô em Campo Grande, Duque de Caxias. Duas localidades já atendidas por trilhos da SuperVia. Vê-se que o cara procura adicionar baboseiras ao debate, ele parece querer ter a “grife” Metrô nestas localidades. Não, dinheiro público não se usa assim. Se linha nova deve ser feita, que seja onde haja demanda (para que se pague) e onde não seja servida de transporte por trilho anteriormente. Niterói – São Gonçalo – Itaboraí sim, talvez fosse a melhor pedida de uma linha nova… E porque necessariamente trilhos? Porque não aquaviário? Santos Dumont-Galeão? Mais localidades da Ilha do Governador e a Praça XV? São Gonçalo e Itaboraí para a Praça XV? E Barra da Tijuca então?!

      O Governo do Estado propôs o MetrôLeve, entre Pavuna e os confins de Nova Iguaçu, onde ligará uma baixíssima quantidade de pessoas com um investimento alto. E não leva em conta que na Pavuna o Metrô já está carregado, sem poder enxugar mais demanda adicional. Muito melhor empregaria estes recursos se os pusesse nos sistemas atuais – especialmente na SuperVia.

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