Witzel deixa o Palácio Laranjeiras e volta a morar no Grajaú

Na última quinta-feira, Tribunal Especial Misto decidiu prosseguir processo de impeachment

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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), voltou a morar com a família em sua casa no Grajaú, na Zona Norte do Rio. Ele deixou o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, entretanto, a data da mudança não foi informada.

Na última quinta-feira (05/11), o Tribunal Especial Misto decidiu por unanimidade dar prosseguimento ao processo de impeachment de Witzel. O afastamento foi determinado em razão de suspeita de irregularidades e desvios na área da saúde. Ele nega as acusações. O tribunal também havia decidido que ele teria que deixar o Palácio Laranjeiras, além de ter redução em seu salário.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (09/11), Witzel diz que durante todo o período em que ocupou o Palácio Laranjeiras, “o fez seguindo orientações da segurança, em razão do deslocamento, pela proximidade à sede do Governo do Estado, o Palácio Guanabara. Mas jamais deixou de, eventualmente, estar em sua casa, no Grajaú“.

Confira a nota na íntegra:

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O governador afastado Wilson Witzel voltou a morar com a família em sua casa, no Grajaú. Witzel informa que durante todo o período em que ocupou o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio de Janeiro, ele o fez seguindo orientações da segurança, em razão do deslocamento, pela proximidade à sede do Governo do Estado, o Palácio Guanabara. Mas jamais deixou de, eventualmente, estar em sua casa, no Grajaú.

Durante o processo de impeachment, cuja admissão é tão somente para avaliar a veracidade dos fatos, foi incluída pelo relator, deputado do PT, a desocupação do Laranjeiras, de forma ilegal, o que gera a preocupação de que decisões do Tribunal Misto, que deve se submeter às regras processuais e constitucionais, sejam tomadas sem amparo legal contra um governante democraticamente eleito. O relator prometeu um julgamento imparcial e técnico, mas incluiu de última hora a desocupação, impedindo a defesa de Witzel de atuar. O governador lembra que nem no processo da ex-presidente Dilma tal solicitação absurda foi feita.

O Tribunal Misto não está acima da jurisdição dos Tribunais Superiores. O governador e sua família sempre preferiram residir em seu imóvel familiar. Apesar da ordem ilegal o Laranjeiras não será mais utilizado durante o afastamento de suas funções.”

O que acontece agora?

A decisão de prosseguimento do impeachment deve ser publicada em até 10 dias. Após a publicação, Witzel tem mais 20 dias para se defender. Quando a defesa for entregue, o presidente convoca sessões para ouvir testemunhas. Ao fim, acusação e defesa tem até 10 dias para apresentar alegações finais. Passado esse período, o julgamento final é marcado.

No julgamento, caso 7 ou mais integrantes votem a favor do impeachment, Witzel é destituído do cargo e perde os direitos políticos. Em caso de impeachment, o tribunal misto decide por quanto tempo vale a perda de direitos políticos.

Caso o resultado seja contrário ao impeachment, Witzel reassume o cargo, desde que já tenham acabado os 180 dias de afastamento determinados pelo Superior Tribunal de Justiça.

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