Witzel se diz vítima de ‘uso político’ e dispara contra subprocuradora ‘próxima da família Bolsonaro’

Governador do Rio foi afastado por decisão do STJ e denunciado pela PGR por suspeita de desvios na saúde. Vice-governador, Cláudio Castro, foi alvo de busca e apreensão

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Foto: Carl de Souza/AFP

Após ser afastado do cargo nesta sexta-feira (28/8) pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por 180 dias, O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou em entrevista coletiva que está sendo vítima de uso político do caso investigado. O governador é acusado de cometer irregularidades na contratação de hospitais de campanha, compra de respiradores e medicamentos durante a pandemia da Covid-19.

Witzel acusou a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, figura próxima do procurador-geral, Augusto Aras. O caso que o envolve é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com ele, o ministro Benedito Gonçalves, que decidiu pelo afastamento, foi induzido por Lindora.

“Que está se especializando em perseguir governadores, desestabilizar estados, com investigações rasas, buscas e apreensões preocupantes, e eu, assim como outros governadores, estamos sendo vítimas de uso político”, disse.

O governador do Rio afirma que Lindôra é próxima da família Bolsonaro, citando especificamente o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e insinuou que o afastamento se dá por vontade do presidente Jair Bolsonaro que, segundo ele, já declarou que quer o Rio de Janeiro. “Diferentemente do que ele imagina, aqui a polícia civil é independente, o Ministério Público é independente”, disse.

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Witzel insinuou, ainda, que o seu afastamento pelo prazo de 180 dias se dá pelo fato de que no fim do ano ele teria que escolher o novo procurador-geral da Justiça, que comanda o Ministério Público estadual. O órgão está investigando o senador Flávio Bolsonaro no âmbito do esquema das ‘rachadinhas’, de desvio de salário de servidores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) na época que Flávio era deputado estadual.

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