Zona Oeste responde por 70% das demolições irregulares em áreas ambientais do Rio

Levantamento idealizado pela Secretaria de Meio Ambiente em parceria com o portal G1 mostra que os bairros de Recreio e Guaratiba são os que mais sofrem pelas obras ilegais ligadas a milícias

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Ação de demolição em Cosmos, Zona Oeste do Rio, em 08 de junho de 2021 - Foto: Marcos de Paula/Prefeitura do Rio

Conforme noticiado sempre pelo DIÁRIO DO RIO, a construção de imóveis ilegais em áreas de proteção ambiental na Capital Fluminense tem se tornado uma verdadeira dor de cabeça para o Poder Público. Para ilustrar esse cenário, um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente em parceria com o portal G1, mostra que Setenta por cento das ações realizadas pela Prefeitura do Rio em 2021 para demolição de construções irregulares em regiões de reservas naturais foram realizadas na Zona Oeste da cidade.

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Os bairros com maiores percentuais de construções irregulares, segundo os dados, são Recreio dos Bandeirantes e Guaratiba.

Veja os números contabilizados até agosto:

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  • Foram mais de 60 operações e 44 operações especiais;
  • 102 construções irregulares foram demolidas;
  • 19% das operações ocorreram no Recreio dos Bandeirantes e 16% em Guaratiba, sendo estes os bairros mais afetados;
  • 70% das ações foram na Zona Oeste, 18% na Zona Norte e 12% na Zona Sul;
  • 16% das operações coibiram loteamentos irregulares em Área de Proteção Ambiental;
  • 117 hectares retomados, o que corresponde a 117 campos de futebol.

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Os números chamam atenção se comparados com os do ano passado, quando a Secretaria de Meio Ambiente fez apenas cinco demolições de quiosques entre a Barra da Tijuca e o Recreio.

A razão para tantas operações desse tipo na Zona Oeste do Rio de Janeiro está diretamente ligada a atuação de milicianos na região, que concentram suas atividades nessa área da cidade. Fazendo uso de violência e intimidação, os criminosos se apossam de espaços públicos – muitas vezes, áreas de proteção ambiental ou permanente – e ali começam a construir imóveis que serão vendidos a preços bem inferiores aos cobrados no mercado imobiliário regular.

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