Devido ao número de mortes no Rio de Janeiro relacionadas ao Coronavírus, que só cresce, o Poder Público se prepara para novas medidas. Uma delas é em relação ao sepultamento das vítimas.
Na capital fluminense, o prefeito Marcelo Crivella deseja que empresas busquem novos cemitérios para as pessoas serem enterradas.
No interior do estado, as autoridades locais estão à procura de terrenos para que as vítimas sejam sepultadas.
Em Queimados, na Baixada Fluminense, o cemitério particular Jardim Envida Rio abriu mais sepulturas nos últimos meses e, daqui a 10 dias, terá esse o número quadruplicado, se comparado a antes da pandemia.
“A Baixada só tem 2 cemitérios privados. E os públicos podem não ser suficientes. A Associação Brasileira do Setor Funerário nos alertou, em fevereiro, que poderá haver dificuldade de se obter vagas por conta do coronavírus”, diz Adriano Castilho, proprietário do Jardim Envida Rio.
Antes do Coronavírus, o cemitério tinha 60 sepulturas livres. A expectativa é que, em 10 dias, mais 235 estejam prontas para uso. Em maio, 69 jazigos, cada um comportando até 3 pessoas, também estarão à disposição.
“O Ministério Público Federal nos enviou um ofício perguntando a quantidade de pessoas suspeitas de terem morrido por causa da Covid-19. Informamos que uma pessoa foi enterrada com suspeita do Coronavírus em março, mas 50 registros envolviam doenças respiratórias agudas ou doenças pulmonares. Na média, o número representa mais que o dobro dos meses anteriores”, complementa Castilho.
Mesquita possui, ainda, mais 2 cemitérios, que são públicos, com mil vagas disponíveis em cada um. A Prefeitura local está pensando em aumentar suas capacidades.
O município de Três Rios, localizado na Região Sul Fluminense, tem 3 cemitérios. De acordo com o prefeito Josimar Salles, a cidade necessitaria de novos terrenos caso o número de sepultamentos seja ampliado. Nesse momento, são 5 casos confirmados de Covid-19 e 150 suspeitas por lá.
Na Região Serrana, a cidade de Petrópolis divulgou que a capacidade total de sepultamentos atual é de 3.600, utilizando-se todos os espaços disponíveis. Caso seja preciso, a Prefeitura irá utilizar locais atualmente desativados.
Já em Varre-Sai, no Noroeste Fluminense, não existem casos confirmados e tampouco suspeitos da Covid-19. Caso venha a acontecer, a Prefeitura informou que não há capacidade de enterros em novos túmulos no único cemitério existente na cidade e que, se preciso for, irão comprar um novo terreno.
“Estamos trabalhando com a perspectiva de não precisar de reforço. Nós temos dois cemitérios dentro da cidade e outros quatro em distritos. Trabalhamos para não ter óbitos ao adotar a barreira sanitária e a testagem rápida, além de contar com respiradores para a nossa população. Aqui não temos casos”, afirma Paulo César Gonçalves Ladeira, prefeito de Carmo, cidade da Região Serrana do RJ.
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