A Prefeitura do Rio, por meio da Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses, esteve nesse fim de semana em uma área externa da Ceasa-Irajá, Zona Norte da cidade, para vistoriar a ação de um homem que assoprava sacos plásticos antes de embalar máscaras para a venda.
Quando a equipe chegou ao local, o homem já havia saído. A denúncia foi feita por um consumidor que gravou as imagens e registrou em vídeo o procedimento irregular, sem higiene e de riscos à saúde pública, que servirão para nova ação na área.
Enviamos uma equipe assim que recebemos a denúncia do procedimento que representa um risco de transmissão da Covid-19 e de uma série de outras doenças. O homem que aparece nas imagens não foi localizado, mas voltaremos ao local para nova vistoria. Todo o cuidado é pouco para evitar a contaminação, e é muito importante que o consumidor esteja atento até a procedência deste equipamento de proteção individual que, se bem usado, minimiza a transmissão do vírus, mas utilizado inadequadamente aumenta os riscos de contaminação. Alertamos, em especial, para os processos de higienização, a começar na lavagem com bastante água e sabão, mesmo antes do primeiro uso – orienta o médico-veterinário Flávio Graça, superintendente de Educação da Vigilância Sanitária, lembrando que a população pode colaborar denunciando as irregularidades à Central de Atendimento 1746.
A Prefeitura do Rio alerta a população sobre os cuidados em relação à utilização, conservação e compra de máscaras de tecido, que devem ser lavadas mesmo antes da primeira utilização. A orientação sobre o equipamento de proteção individual – de uso obrigatório no município desde a última quinta-feira, 23/04, como mais uma medida de enfrentamento à Covid-19 – é reforçada pela Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses.
Boletins Informativos – Os cuidados com o uso de máscaras e demais equipamentos de proteção individual (EPIs) fazem parte das muitas ações de prevenção e combate ao coronavírus reunidas em boletins informativos produzidos por técnicos da Vigilância Sanitária. Ao todo, já são 13 boletins com orientações para comerciantes e funcionários de diversos segmentos e a população em geral, como o de manejo de resíduos em condomínios, delivery, comunidades terapêuticas, hospitais, protocolos de entrada e saída de casa, higienização da mãos e serviços funerários. O material foi publicado no Diário Oficial de 8 de abril e está disponibilizado no link https://bit.ly/2Sd59XA.
Cuidados básicos para o uso da máscara de tecido
- As máscaras devem ser confeccionadas, preferencialmente, em tecidos de algodão, e em número de cinco para cada usuário;
- É fundamental assegurar-se de que a máscara está limpa e sem rupturas;
- Antes do uso, fazer a adequada higienização das mãos;
- Evitar contato com a parte frontal da máscara e, havendo o contato após o uso, executar imediatamente a higiene das mãos;
- Cobrir totalmente a boca e o nariz, sem deixar espaços nas laterais;
- Manter o conforto e o espaço para a respiração;
- Evitar maquiagem ou base durante o uso;
- Utilizar cada máscara por, no máximo, de três horas;
- Trocar a máscara após o tempo máximo de uso ou sempre que ela ficar úmida, com sujeira aparente, danificada ou se houver dificuldade para respirar;
- Higienizar as mãos ao chegar em casa e após retirá-la, reservando-a para a lavagem logo que possível;
- Repetir os procedimentos de higienização das mãos sempre que retirar e recolocar a máscara;
- Não compartilhar a máscara, mesmo que ela esteja higienizada;
- Lavar previamente com água corrente e sabão neutro e em seguida deixar de molho de 20 a 30 minutos em solução de água com água sanitária (duas colheres de sopa de água sanitária para cada litro de água) ou outro desinfetante;
- Enxaguar bem em água corrente para remover resíduos de desinfetante;
- Evitar torcer com força e sempre deixar secar e passar com ferro quente;
- Guardar em recipiente fechado.