Na última sexta-feira (16/10), o Hospital de Campanha do Maracanã, na Zona Norte do Rio, começou a ser desmontado após aproximadamente cinco meses em atividade para atender pacientes com Covid-19.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a decisão foi tomada após a juíza Neusa Regina Larsen de Alvarenga Leite, da 14ª Vara de Fazenda Pública do Rio, julgar extinto o processo movido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e pela Defensoria Pública para manter a unidade em funcionamento.
A Fundação Saúde já dispensou do plantão os profissionais da equipe assistencial do turno da noite e desligou equipamentos que estavam sendo mantidos em operação, como ar-condicionado central. Entretanto, vários profissionais de saúde que atuaram no hospital reclamam de salários atrasados.
Nesta segunda-feira (19/10), uma reunião com fornecedores vai estabelecer um cronograma de retirada de equipamentos e estruturas físicas. O processo de desmontagem da área de 8.000 m² deve levar entre 30 e 45 dias.
Em agosto, a Justiça do Rio havia negado o pedido do Governo do Estado para desativar o Hospital de Campanha do Maracanã. Na decisão, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), desembargador Cláudio de Mello Tavares, destacou a imprevisibilidade das consequências da pandemia e considerou o cenário crítico e preocupante.