Paes defende volta às aulas: ‘Não parece compreensível ter shopping aberto e escolas fechadas’

Prefeito do Rio visitou o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte do Rio, na manhã desta quarta-feira (06/01)

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O prefeito Eduardo Paes falou sobre a volta às aulas durante visita ao Hospital municipal Ronaldo Gazolla Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Perguntado sobre a volta às aulas no na cidade do Rio, o prefeito Eduardo Paes afirmou que ainda não há definição sobre como será feito o retorno dos estudantes às atividades educacionais. Contudo, Paes defendeu a retomada do ensino de forma presencial. O chefe do executivo municipal esteve no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte do Rio, na manhã desta quarta-feira (06/01), unidade de referência para pacientes do Covid 19.

Um conselho de especialistas vai definir de maneira adequada como será essa retomada das aulas. Mas defendo, de maneira muito forte, que não parece compreensível termos shoppings e praias abertas e termos escolas fechadas. As nossas crianças já sofreram demais. Obviamente vou respeitar aquilo que os especialistas disserem. Mas vamos trabalhar para as crianças voltarem a estudar (presencialmente) com todas as regras. Adoraria ter um posicionamento de como será o esquema. Mas ainda não temos — afirmou o prefeito“.

Também nessa quarta-feira, a prefeitura divulgou o calendário escolar para 2021. A previsão é de retorno das aulas — virtuais ou presenciais — no dia 8 de fevereiro.

Com mais de 600 mil alunos, a maioria da rede pública está sem aulas presenciais desde março do ano passado, quando a prefeitura passou a adotar regras mais rígidas de isolamento social. Em novembro, o ex-prefeito Marcelo Crivella chegou a anunciar a retomada das aulas presenciais, de forma facultativa, apenas para as turmas do 9º ano do Ensino Fundamental e do programa de alfabetização de jovens e adultos. Mas a iniciativa teve pouca adesão.

Em julho do ano passado, a Fiocruz publicou um estudo mostrando que a retomada das atividades pode expor mais de 600 mil pessoas, que fazem parte do grupo de risco para a Covid-19 no Estado do Rio de Janeiro.

Segundo o levantamento, essas pessoas são idosos ou adultos com alguma comorbidade e que vivem em lares com, pelo menos, um menor em idade escolar e que poderiam ser infectados caso estas crianças e adolescentes se tornem vetores da doença, levando o Coronavírus para suas casas. Em todo o Brasil este número chegaria a 9,3 milhões de pessoas.

O ano letivo de 2021 da rede municipal começará em 8 de fevereiro e terminará em 17 de dezembro, datas definidas pelo secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, e publicadas no Diário Oficial nesta quarta-feira, dia 6. O ano letivo de 2021 da Educação Infantil e do Ensino Fundamental terá 202 dias — dois a mais que o mínimo necessário.

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7 COMENTÁRIOS

  1. Se shoppings, bares e praia estão abertos, não há sentido escola não estar.

    Para quem é professor e não quer voltar a trabalhar, mas está recebendo o salário, é muito fácil falar. Se não quer voltar a trabalhar, por tempo indeterminado, abram mão dos seus empregos.

    As crianças precisam de escola, a educação é de suma importância, mas infelizmente, nesse país não se dá valor a isso.

  2. O certo é que aulas presenciais SEJAM SIM LIBERADAS para os estudantes (e familiares) que assim desejem e que essa mesma aula seja transmitida online e em tempo real para aqueles que tenham parentes idosos ou com alguma comorbidade em casa.

    As escolas particulares já investiram e montaram essa estrutura mas inexplicavelmente continuam proibidas de ter o aluno em sala de aula. E isso é um absurdo.

    O certo é que escolas, estudantes e familiares tenham a opção de escolha!

  3. Tem que fechar tudo outra vez pelo menos dois meses para diminuir número de casos e o prefeito novo conseguir ver oque fazes saúde já que o prefeito e governador não fizeram nada e o dinheiro sumiu e o povo morrendo sem socorro.

  4. Sem lógica esse pensamento. Com o retorno os alunos e funcionários serão obrigados a estarem na aglomeração nas escolas para cumprirem um calendário escolar.Acredito que não será opcional para os alunos. Nos shoppings só os funcionários são obrigados e os clientes vão porque querem. Cada um com a sua responsabilidade ou irresponsabilidade.
    Sabemos que as escolas cumprirão as normas para diminuir o contágio só nos primeiros dias para as fotos e depois só Deus sabe como será. O ideal seria todos os alunos nas escolas, mas ideal é diferente do que é responsável nesse momento, pois os casos aumentam de forma avassaladora e incompreensível em todo o mundo. Como evitar o colapso nos hospitais com tantas pessoas circulando? Sabemos que com o retorno das aulas a quantidade de pessoas circulando aumentam, a frota de transporte público aumenta para suprir essa demanda. Os alunos estão perdendo muito, mas com os profissionais competentes na educação, no tempo certo, com boas estratégias tudo será amenizado. O importante é a vida. Precisamos sobreviver a tudo isso. Chega de contabilizar mortos! E sabemos que muitos já se foram por falta de vagas nas UTIs.

  5. É óbvio que as aulas presenciais só poderão ocorrer após a vacinação dos professores e funcionários da escola!!! Ao shopping e praia vão os irresponsáveis, que , aliás, deveriam estar fechados neste momento. Escola pública tem salas de todos os tipos, inclusive aquelas com uma janela pequena, quentes à beça, com 30 , 40 crianças, pátios
    Descobertos( o que não nos permite ter uma opção de lugar para atividade em espaço aberto) e refeitórios pequenos. Mesmo com rodízio de alunos, será perigoso. Até a
    vacinação, só online. Sou professora da rede há 34 anos e falo com conhecimento de muitos espaços.

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