Até a última sexta-feira (02/04), o Rio de Janeiro aparecia somente na 19ª colocação no ranking dos estados que mais vacinam contra a Covid-19 no Brasil. Segundo a última atualização do ”vacinômetro”, desde que a imunização teve início, 1.309.916 pessoas receberam a primeira dose, o equivalente a apenas 7,54% da população fluminense.
De acordo com o ranking, o RJ vacinou mais somente que Tocantins, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Amapá e Acre. Com isso, perdia na quantidade de imunizados para todos os estados do Sul, Sudeste e Nordeste do país.
Segundo Alexandre Chieppe, médico da Secretaria Estadual de Saúde, o mau desempenho fluminense no processo de vacinação se deve à lentidão das Prefeituras em transmitirem as informações pertinentes à população.
”A questão não é a logística, nem a aplicação de doses, até porque estão sendo distribuídas para os 92 municípios em 24 horas após a chegada no almoxarifado. A gente tem um problema sério no Rio de Janeiro que é de informação das doses aplicadas pelas secretarias municipais de saúde. Consequentemente, a gente não consegue observar de forma adequada a quantidade de doses aplicadas. Não é um problema logístico”, afirma.
Ainda segundo o especialista, para que a situação seja resolvida, a solução deve ser a unificação do calendário, isto é, todos os municípios imunizarem de maneira uniforme.
”O calendário único é a solução para isso. Até porque se uma cidade vacinar um público diferente de outra cidade isso desordena, desorganiza todo o processo de vacinação. O que a gente quer é clareza de quem esteja sendo vacinado e que as cidades avancem da mesma forma”, ressaltou.
Nossos gestores públicos estão preocupados com as eleições de 2022. Estamos vivendo uma pandemia que se alastra pela cidade e o interior do Estado. Liberam Escolas um ato de insanidade descabidas, cultos em templos e se houvesse respeito pela população estariam usando esses lugares como postos de vacinação.
Falta maior entendimento entre os governantes. Isso é um fato.
Qualquer tentativa de atribuir os problemas logísticos ao pensamento de determinado governante não passa de falácia.
Sob o governo de Cláudio Castro, que só perde na negação à Ciência para o Bolsonaro, não era de se esperar algo muito diferente.