O vereador Jairinho preso desde quinta-feira, 6/4, vai ter dois projetos seus na Ordem do Dia da Câmara de Vereadores do Rio. Sessão que ele não poderá estar presente, obviamente, devido a acusação de estar coagindo testemunhas no caso do assassinato do menino Henry, do qual é o principal suspeito.
Um dos Projetos não é bem dele, e sim devido ao cargo que ocupa de presidente da importante Comissão de Justiça e Redação. Assinado com o vice-presidente da comissão, vereador Inaldo Silva (Republicanos) e o vogal Thiago K. Ribeiro (DEM), o projeto prevê mudanças na Lei Orgânica do Município, mais especificamente no critério que serão escolhidos os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município, no projeto, 3 seriam escolha do prefeito, sendo 2 auditores e procuradores especiais do Tribunal, por lista tríplice, o outro de escolha livre do alcaide. Já 4 Conselheiros seriam decididos pela Câmara do Vereador.
Até o estouro do caso do menino Henry, Jairinho era um dos nomes favoritos para se tornar Conselheiro, cargo vitalício e sonho de 10 em 10 políticos. Inclusive, sua namorada, Monique Medeiros, ocupava um cargo comissionado com salário de R$ 14.000, no gabinete do conselheiro e ex-vereador, Luiz Guaraná.
Vale ressaltar que, no mesmo projeto, os vereadores Tarcísio Mota (PSol) e Pedro Duarte (Novo) tentaram incluir um adendo para que fosse Conselheiro do TCM, órgão responsável em verificar e julgas as contras da Prefeitura do Rio, apenas aqueles que tivesse curso superior completo. Proposta foi negada por maioria dos vereadores, Mota e Duarte queriam evitar a nomeação do chefe de gabinete de Paes, David Carlos Pereira Neto, que não tem diploma universitário.
A outra proposta de Jairinho na Ordem do Dia é ligado a sua base eleitoral, a Zona Oeste do Rio. O PLei pretende implementar um polo gastronômico e cultural na Praça do Quafa, em Bangu-Vila Kennedy. O projeto é de agosto de 2020. Como será que nossos vereadores votarão?
Outro fator curioso, é que Jairinho em março de 2021 foi o vereador mais faltoso, foram 3 faltas. O motivo é mais do que óbvio, e só não foi mais porquê a Câmara ficou parada alguns dias devido às medidas restritivas tomadas pela Prefeitura do Rio.